Problemas financeiros enfrentados pela Europa levam as pessoas a deixarem seus países de origem
Em dez anos, 5,9 mil pessoas migraram de países estrangeiros para o Ceará. De acordo com dados divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo como base o Censo Demográfico, até o ano 2000, 2.689 estrangeiros fixaram residência no Ceará. No período de 2001 a 2005, o número de estrangeiros que migraram para o Estado somam 1.173. De 2006 a 2010, foram 2.055.
IBGE também aponta a redução da migração de última etapa, que é a última mudança feita pelo indivíduo nos dez anos anteriores à pesquisa
Dos 5.916 imigrantes que o Ceará recebeu, chama atenção que 1.132 se naturalizaram brasileiros (22,6%). José Borzacchiello da Silva, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), comenta que muitos dos turistas estrangeiros que visitaram o Estado nesse período acabaram fixando residência.
Crise financeira
O especialista afirma que um dos fatores que tem de ser considerados é a crise financeira mundial, que atinge toda a Europa. O alto índice de desemprego e a falta de perspectiva profissional fizeram com que a portuguesa Andreia Roque, 23 anos, abdicasse do convívio com familiares e amigos para fazer um intercâmbio de dois meses em Fortaleza.
Encerrado o período, como gostou da cidade a jovem decidiu ficar com intuito de ter uma experiência profissional. Andreia conta que o índice de desemprego em Portugal maior que 30%. A situação é tão crítica que, segundo a jovem, muitos portugueses que encontrou em Fortaleza também vieram em busca de um emprego.
"Existe a ideia de que o Brasil é um país em desenvolvimento, então, isso atrai as pessoas para cá", frisa Andreia.
A meta da portuguesa é de morar um ou, no máximo, dois anos no Ceará. Mesmo já tendo encerrado o período, ela continua residindo com a família do intercâmbio que a acolheu, no bairro Messejana. Um dos fatores decisivos na hora de escolher o Brasil para fazer a experiência foi a língua portuguesa.
Dados
O Censo de 2010 detectou uma redução na chamada migração de última etapa - que se refere à última mudança realizada pelo indivíduo nos dez anos anteriores à pesquisa. A diminuição foi de 1,4 milhão de pessoas, passando de 11,3 milhões em 2000, para 9,9 milhões em 2010. Essa queda foi observada em 24 estados, entre eles o Ceará, com diminuição de cerca de 25%.
Conforme dados divulgados pelo IBGE, houve um aumento no volume de imigrantes internacionais entre 2000 e 2010. Aproximadamente 455 mil pessoas migraram de países estrangeiros nos dez anos que antecederam o Censo. Em 2000, esse número era de 279 mil pessoas.
Em 2010, esses migrantes dirigiram-se, majoritariamente, para São Paulo (30%). Em seguida para o Paraná (14,7%), Minas Gerais (9,8%), Rio de Janeiro (7,6%) e Rio Grande do Sul (5,3%). Quanto ao país de origem dos migrantes, 17,6% vieram dos Estados Unidos, 13,7% do Japão e 9,8% do Paraguai.
Naturalizados
22% do total de imigrantes que o Ceará recebeu até o 2010 (5.916) se naturalizaram brasileiros. Um dos motivos seria a crise financeira mundial
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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