Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou por corrupção passiva todos os deputados que receberam dinheiro do mensalão. A tese do caixa dois de campanha, encampada pelo PT, foi rechaçada pela maioria dos ministros do STF.
O ministro Dias Toffoli ajudou a plantar árvores no bosque do STF. Ontem, ele deu o 6º voto pela condenação de Roberto Jefferson
Na sessão de ontem, foram condenados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha Pedro Corrêa (PP-PE) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). O delator do mensalão, Roberto Jefferson, Bispo Rodrigues e Romeu Queiroz e o deputado Pedro Henry (PTB-MT) foram condenados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-deputado José Borba (PP-PR) foi condenado pelo crime de corrupção passiva.
"O que houve, a meu ver, considerada a corrupção e que o dinheiro não cai do céu, foi a busca de uma base de sustentação", afirmou o ministro Marco Aurélio Mello. O presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, disse que apelar à versão do caixa dois chegava a ser absurdo.
Para o decano da Corte, Celso de Mello, o mensalão comprometeu a República e colocou em risco a legitimidade das instituições. O ministro disse que "marginais do poder" formaram uma "quadrilha de assaltantes de cofres públicos".
A tese de que os recursos foram para pagar despesas de campanha não contabilizadas também foi publicamente rechaçada pelos ministros Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Luiz Fux. Outros ministros, como Rosa Weber e Dias Toffoli, não chegaram a se manifestar sobre o destino dos recursos.
O revisor do processo, Ricardo Lewandowski, indicou concordar com a tese de que o mensalão foi usado para saldar um acordo entre partidos firmado nas eleições de 2002.
Independentemente de divergências sobre a finalidade dos recursos, todos os ministros condenaram os parlamentares envolvidos. Só a decisão sobre Pedro Henry não foi por unanimidade (crime de corrupção passiva). Os ministros condenaram também o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri, ex-assessor do PP João Cláudio Genú, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, os ex-sócios da corretora que repassou recursos para o PP, Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg. O único absolvido neste item foi Antônio Lamas, ex-assessor do PL.
Próximo capítulo
Na sessão de amanhã, o STF entra no capítulo mais complexo: quem estava no comando desse esquema. Além do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), serão julgados o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Só ao final do julgamento serão definidas as penas a cada condenado.
Ao comentar o fato de um dos condenados no processo do mensalão, o ex-diretor do Branco do Brasil Henrique Pizzolato, estar fora do País desde agosto, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que seria "a pior das frustrações" se a fuga de um réu impedisse a execução das penas aplicadas. Para Roberto Gurgel, há prova "torrencial" e "abundante" contra José Dirceu.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
centralquixada@gmail.com
centraldenoticias@bol.com.br
gomessilveira13@gmail.com
Fones(88)96694755/81212265/34121595
Sindicato dos Radialistas e Públicitários do Estado do Ceará - RP - 3742/Matricula - 6185
A.P.C.D.E.C - Matricula 334
ACI - Associação Cearense de Imprensa
ABRACE - Associação Brasileira de Cronistas Esportivos - Matricula - 3373
Nenhum comentário:
Postar um comentário