Hermano Ferreira diz que o eleitor fica inclinado a escolher um candidato que se aproxime da opção feita no primeiro turno
Apoio de lideranças políticas, aproximação ideológica com os candidatos e consolidação de alianças partidárias são alguns dos componentes da equação que define a escolha do eleitorado. Porém, especialistas frisam que, por se tratar de uma nova eleição, torna-se inviável captar com precisão as movimentações do eleitor no segundo turno.
Para o cientista político Francisco Moreira, professor da Unifor, não é razoável falar em transferência de votos, quando considerado apenas o potencial de um postulante ou partido derrotado simplesmente agregar votos para um candidato no segundo turno. "Essa questão de transferência é sempre complexa, porque afirmar que existe transferência é como se tivesse um controle sobre a opinião do eleitor".
O professor explica que o perfil do eleitorado é diversificado e muitos aspectos podem ser considerados no momento da escolha, como desempenho do candidato ao longo da campanha, apresentação de propostas, o que o prefeiturável representa no contexto local, vínculos com a comunidade e benefícios que poderá agregar. Além disso, complementa, há outra faixa de eleitores que faz uma reflexão mais ampla e avalia o que aquela candidatura representa para o cenário estadual e até nacional.
Isso não significa que, ao declarar o seu voto no segundo turno, um postulante derrotado não surta efeitos no eleitorado, mas se deve ponderar a eficiência dessa transferência. "Determinadas personalidades transferem alguns votos, mas não todos. Quando ele se posiciona a favor, há mais chances, mas não na sua totalidade", explica Francisco Moreira. Ele também atenta para o perfil de "independência" do eleitor, que pode optar em não seguir o seu candidato.
Limitação
Ele ressalta que o apoio das legendas também têm uma limitação no processo eleitoral, por conta da estrutura dessas representações partidárias. "Nosso eleitor é personalista, poucos são partidários. Não temos partidos, e sim agremiações com eleitores que dependem das circunstâncias", aponta Moreira.
Já o cientista político Hermano Ferreira, professor da Universidade Estadual do Ceará, diz que o eleitor fica inclinado a escolher um candidato que se aproxime da opção feita no primeiro turno, ainda que o partido ou mesmo o postulante se posicione no lado contrário. "Isso não se dá em bloco", avalia.
Também entram na equação elaborada pelo eleitor o apoio de lideranças políticas, de acordo com o professor Hermano Ferreira, mas se deve levar em conta de que modo elas estão inseridas no cotidiano da população e a identificação com a comunidade. "Vai depender do grau de envolvimentos dessas lideranças nas campanhas dos candidatos que não foram para o segundo turno", reflete.
Quando a questão é apoio, são relevantes as declarações de voto de personalidades locais, mesmo que elas não estejam diretamente inseridas no cenário político, aponta. "O que conta mais é a utilização de autoridades, pessoas públicas, como professores universitários, médicos conhecidos, jornalistas bem aceitos pela comunidade", diz
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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