O processo, decorrente da Operação Porto Seguro, inclui a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha FOTO: AGÊNCIA ESTADO
Entre os crimes denunciados estão formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de documentos particulares. A denúncia, decorrente da Operação Porto Seguro, inclui a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, acusada pela Procuradoria de quatro crimes: falsidade ideológica, tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha.
A Operação Porto Seguro foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 23 de novembro para desarticular um grupo acusado de vender pareceres técnicos de órgãos públicos para beneficiar interesses privados.
No mesmo dia, 22 pessoas foram indiciadas, incluindo Rose e o ex-diretor da Agência Nacional de Águas Paulo Vieira, apontado como provável coordenador do esquema.
O Ministério Público também incluiu na denúncia Cyonil Borges, ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) que recebeu propina de R$ 100 mil do grupo, mas delatou o caso à Polícia Federal. Ele foi denunciado por corrupção passiva.
Núcleos
O Ministério Público dividiu a denúncia em núcleos. Além de Paulo Vieira, seus irmãos Rubens Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e Marcelo Vieira, formam o núcleo principal do esquema, segundo procuradores.
A denúncia também destaca outros dois grupos de atuação no esquema, um responsável por serviços advocatícios e o segundo responsável pelo tráfico de influência. Neste segundo está Rosemary Noronha.
Parlamentares do Partido dos Trabalhadores afirmaram ontem que não temem as revelações que Paulo Vieira possa fazer numa eventual delação premiada com o Ministério Público. Vieira tem dito, em conversas reservadas, que não sairá como o líder do esquema e que promete envolver gente "mais graúda".
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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