O ditado popular que diz "tamanho não é documento" se aplica muito bem ao ex-jogador Josué, hoje com 52 anos. Com pouco mais de 1,60m de altura, o Soldadinho de Chumbo, como ficou conhecido no futebol cearense por causa de um apelido colocado pelo narrador Júlio Sales, conseguiu grandes feitos na carreira. Até ser vice-campeão da Copa do Brasil em 1990 pelo Goiás, atuando por quatro anos ao lado de Túlio Maravilha, que hoje busca o milésimo gol na carreira.
O ex-craque Josué apita um treino do Tiradentes, onde é o auxiliar técnico de Argeu dos Santos. Os dois se empenharão para levar o Tigre da Polícia Militar à disputa da Copa do Brasil de 2013
Início
Josué Domingos de Mendonça, hoje com 52 anos, é um fortalezense típico, que gosta de aproveitar bem a vida, embora com certo equilíbrio. Com essa filosofia, ele começou na profissão jogando nos campos de futebol do José Walter, do RAC e do METAF. Ao participar de um campeonato em escolinhas no Fortaleza, o clube do Pici lá o manteve para treinar com o técnico Jurandir Alves. Passou pouco tempo no Pici, pois os atletas da época, Nado e Serginho Redes, o levaram para jogar no Ceará.
Foi lá onde o Reizinho, como foi também apelidado pelo então preparador físico Hoton Borges, fez história. No Alvinegro, foi campeão estadual em 1980, 1981, 1984 e 1986. Após essas conquistas, ele fez uma pausa pelo Alvinegro e em 1983 foi para Belém do Pará, quando jogou pelo Remo, tornando-se o jogador do ano no Pará. Era chamado de Bailarino do Baenão - o Estádio Evandro Almeida.
No Goiás
Do Norte, Josué seguiu para o Centro-Oeste. Chegou ao Goiás, onde ganhou títulos em 1987, 1988, 1989 e 1990. E virou ídolo da torcida esmeraldina. "Trabalhei com grandes treinadores no Goiás, como o Zé Mário, que me levou do Ceará, João Francisco, Mário Juliato, Sebastião Lapola", cita ele, que também conviveu com um personagem ilustre do futebol atual, o técnico Luiz Felipe Scolari. "Ele estava no início da carreira, mas fez um trabalho muito bom, que se prolonga hoje com a sua participação na Seleção Brasileira", relembra.
Do Goiás, Josué veio para o Fortaleza, onde foi campeão cearense em 1992. Só que teve de dividir o título com Ceará, Icasa e Tiradentes, por causa do episódio de irregularidade do atacante Fernando, ex-Ceará e Leão.
Após passar pela Inter de Limeira/SP, Josué encerrou sua carreira no IV de Julho de Piripiri/PI, já com 41 anos de idade.
Música
Logo quando saiu do Goiás, Josué enveredou pela música, tornando-se um cantor da noite, com estilo para MPB, pagode romântico e músicas internacionais. "Não foi propriamente para ganhar dinheiro, mas por gostar de música", disse ele, que como treinador já passou por Itapé, IV de Julho, Atlético de Cajazeiras e Horizonte, entre outros. Hoje, é auxiliar técnico de Argeu dos Santos, no Tiradentes.
Osmar é ídolo de duas torcidas
Nem todos os jogadores que atuaram por Fortaleza e Ceará tiveram o mesmo desempenho nas duas equipes, ao ponto de virar ídolo de ambas. Essa proeza foi alcançada por Osmar, um meia-atacante que surgiu no futebol cearense pelo Leão, se destacou e depois e tornou campeão pelo maior rival, o Ceará.
A reportagem do Diário do Nordeste localizou Osmar em São Francisco do Conde, interior da Bahia. Lá, o ex-jogador trabalha na Prefeitura Municipal, lotado na Secretaria de Esportes e uma de suas funções é ser treinador da seleção local no Intermunicipal, do qual já foi campeão.
Chegada ao Pici
Osmar chegou ao Leão do Pici em 1982, sem estardalhaço. Ficou calado até ter a sua oportunidade no time titular. Quando estreou, no Estádio Presidente Vargas, contra o Tiradentes, mandou uma bomba de fora da área, no ângulo, marcando um golaço e já caindo nas graças da torcida.
Nesse mesmo ano, sagrou-se campeão pelo Fortaleza e, no ano seguinte, já estava no Ceará. Aos poucos, uma dor na perna o retirou de vários jogos. Os médicos alvinegros investigaram a fundo. Vários profissionais estudaram o caso, tais como o próprio médico do clube, José Roberto Campos de Barros, e o fisioterapeuta Hélder Montenegro. Os profissionais de saúde diagnosticaram fratura por estresse.
Voltando um pouco no tempo, Osmar começou no Ipiranga/BA, em 1980. Após se profissionalizar por essa equipe, passou para o Galícia/BA, em 1982, quando sagrou-se vice-campeão baiano. Pelo mesmo Galícia, disputou a Taça de Ouro, o Campeonato Brasileiro de 1983.
Destaque do futebol baiano, Osmar foi contratado pelo Bahia. Mas não teve sorte. Ficou contundido de 1984 a 1987. Ele sentia fortes dores na pena e nenhum médico sabia o que era. Foi então descoberto um tumor na perna direita que, felizmente, era benigno. Assim, ele pôde se recuperar e seguir a profissão.
Campeão
Recuperado da contusão, Osmar sagrou-se campeão baiano pelo Bahia em 1988. Saiu do ostracismo ao título brasileiro do mesmo ano, também pelo tricolor da "Boa Terra". Foi contemporâneo de Cláudio Adão no futebol baiano. De lá, seguiu para o Fluminense de Feira de Santana, em 1991. No ano seguinte estava no Fortaleza, quando novamente se destacou.
Quando encerrou seu contrato com o Leão, Osmar retornou para a Bahia. Nesse momento, Ceará e Fortaleza disputavam o jogador e os dirigentes da época resolveram assinar um acordo para ninguém procurá-lo mais. Porém, o Ceará foi mais esperto e descumpriu o acordo, mandando emissários para buscar o jogador, que foi campeão pelo clube em 1993 e 1999. "Não fiz leilão. Apenas o Fortaleza achou alta minha proposta e o Ceará topou. Acho que não fui desonesto por ninguém, tinha passe livre", diz.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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