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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Itália - Grillo se recusa a apoiar governo e aumenta crise


A centro-esquerda ficou com mais cadeiras após as últimas eleições, mas nenhum grupo tem maioria para governar

Roma Uma crise política italiana que agitou a zona do euro se aprofundou ontem, quando dois líderes partidários descartaram as opções mais prováveis de formar um governo e evitar uma nova eleição.

O ativista, comediante e líder populista do Movimento Cinco Estrelas Beppe Grillo reagiu de forma violenta as propostas de Bersani FOTO: REUTERS

O líder populista Beppe Grillo fechou a porta para sondagens feitas do chefe da centro-esquerda Pier Luigi Bersani com uma torrente de insultos, enquanto Nichi Vendola, o parceiro da coalizão júnior de Bersani, descartou uma aliança de governo com a centro-direita.

Essas duas opções são vistas atualmente como a única maneira de evitar a volta às urnas imediatamente depois da eleição de 24 e 25 de fevereiro, no qual um enorme voto de protesto contra políticos tradicionais e políticas de austeridade mergulhou a Itália num impasse.

A perspectiva de uma incerteza prolongada na terceira maior economia da zona do euro provocou quedas pronunciadas nos mercados mundiais logo depois do resultado eleitoral, mas eles se acalmaram ontem depois de uma sólida demanda pela dívida do governo italiano em um leilão, com títulos europeus, ações e euro mais reforçados.

A centro-esquerda ficou com a maioria das cadeiras na eleição, mas nenhum grupo tem uma maioria para governar.

O Movimento 5 Estrelas de Grillo bloqueou o controle do Parlamento pela centro-esquerda, depois de uma das maiores vitórias populistas na história europeia recente.

Cautela
Bersani anunciou propostas cautelosas para Grillo, sugerindo que poderia haver acordo em uma lista curta de medidas comuns a ambos os lados. Mas ele disse que os que apoiavam um governo de centro-esquerda teriam que apoiá-lo em um voto de confiança, que seria vital antes que ele fosse instalado.

Grillo respondeu em seu blog descrevendo Bersani como um "condenado falando" e um perseguidor político, acusando-o de fazer "propostas indecentes´ e pedindo que renunciasse. A centro-esquerda ficou bem abaixo da maioria que as pesquisas de opinião previam.

Grillo disse que o 5 Estrelas não faria um voto de confiança para a centro-esquerda ou qualquer pessoa, mas apoiaria leis que refletissem seu próprio programa de abolir uma lei eleitoral desprezada, cortar os privilégios de uma classe política desacreditada e remover financiamento público dos partidos.

Berlusconi
Com Grillo se recusando de forma veemente a apoiar um governo de centro-esquerda de Bersani, a outra única opção sobre a mesa parece ser uma aliança entre a centro-esquerda e a centro-direita de Silvio Berlusconi.

Mesmo essa opção recuou ontem, depois que Vendola, líder do esquerdista partido SEL, descartou-a em uma declaração após se reunir com Bersani.

Choque elétrico
Vendola disse esperar que Grillo também não quisesse uma aliança esquerda-direita e pediu um governo que desse ao país um "choque elétrico", uma possível nova tentativa de ganhar apoio do comediante genovês para a centro-esquerda.

O secretário do partido Povo da Liberdade de Silvio Berlusconi, Angelino Alfano, reagiu com fúria, na última terça-feira, aos relatos de que Bersani estava buscando formar uma aliança com Grillo, refletindo a preocupação da centro-direita em ser afastada do poder. 

Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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