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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sertão de Crateús - Mercado é favorável ao corretor


A profissionalização no segmento de compra e venda de imóveis é uma tendência crescente no Interior do Estado

Crateús Placas de corretores em imóveis à venda são cenas comuns neste município atualmente. Capacitados e formados no final de 2011 pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-Ce), a partir daí esses profissionais começaram a atuar de forma credenciada no mercado local e de municípios vizinhos. À época, em torno de 30 profissionais iniciaram o curso. Metade deles investiu na profissão e atuam no mercado de compra, venda e aluguel de imóveis na cidade.

Corretora Liliane Prudêncio aponta as vantagens de programas habitacionais federais para a compra do imóvel. Em Crateús, o setor ficou mais aquecido após as políticas lançadas pelo governo para o setor FOTO: SILVANIA CLAUDINO

Esta realidade é bem diferente de dois anos atrás, antes do curso de formação, quando a cidade praticamente não dispunha desse tipo de serviço, de forma credenciada. Uns dois ou três profissionais faziam o trabalho de negociação de imóveis, de maneira informal. Com o Programa Minha Casa Minha Vida, que deu um "boom" no mercado imobiliário na região, a profissão interessou a mais pessoas.

A corretora Sandra Rejane relembra o quadro antigo. Conta que ela mesma atuava de forma informal junto com o esposo, que é construtor. Fez o curso e hoje é corretora de imóveis e vende tanto os imóveis da sua própria construtora como de outras empresas. Destaca que um dos maiores desafios dos profissionais na cidade são os "atravessadores", pessoas que trabalham na área sem o devido credenciamento.

"Antes tinham poucas pessoas atuando no mercado de maneira autorizada. Com o curso, muitos se formaram e vestiram a camisa da profissão, investiram no ramo. Sofremos com as pessoas que atuam como corretores sem serem autorizadas, sem serem formados", destaca Sandra.

Ela queixa-se da falta de fiscalização afirmando que essa atuação descredenciada atrapalha quem investiu na profissão, se formou e se esforça para proporcionar um serviço de qualidade para o cliente. Conta que as despesas diárias de deslocamento e de investimento de tempo e energia são muitas e que a profissão deve ser respeitada e valorizada.

"Gastamos com veículo, combustível, tempo e o desgaste normal de qualquer profissional, então temos que ser valorizados, inclusive com a destinação de 5% de comissão por venda, que é o valor justo e devido ao corretor. Por aqui, muitas vezes os construtores não nos valorizam e querem pagar abaixo disso", reclama Rejane.

Para a corretora Liliane Prudêncio, a existência de atravessadores é um grande problema enfrentado no dia a dia da profissão. "As pessoas que trabalham de forma irregular dificultam a nossa atuação", afirma.

De acordo com a corretora, 90% das suas vendas são advindas de financiamentos por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, forma como a maioria das pessoas de classe média ultimamente conseguiram adquirir sua casa própria. Ela atua na venda de imóveis novos e usados e pouco na área de aluguéis. Destaca que, com relação a aluguéis de imóveis, há muita burocracia e dificuldades.

Segundo ela, os grandes clientes do programa é o funcionalismo público, cujos servidores, em sua maioria, já adquiriram suas casas próprias e ainda estão adquirindo, embora agora em menor escala, devido a um desaquecimento do setor este ano.

Desaquecimento

A seca e o baixo poder aquisitivo da população são considerados por Sandra como os maiores responsáveis pelo desaquecimento do setor imobiliário neste ano na cidade. O ano passado, segundo ela, foi "super aquecido e começou a diminuir no final do ano", conta. Desde então, houve uma grande queda nas vendas.

Muitas pessoas procuram os corretores para comprar o imóvel, mas muitas vezes o poder aquisitivo da pessoa é baixo e não permite a compra.

"Muitas pessoas buscam imóveis no valor de R$ 60 mil e praticamente inexistem imóveis nesse valor aqui na cidade de Crateús. Normalmente os bons imóveis estão cotados a partir de R$ 100 mil, então, por conta disto, não fechamos o negócio porque a renda da pessoa não contempla para esse valor", explica a corretora Rejane.

Mais informações

Corretora Sandra Rejane
(88) 9911.2056

Liliane Prudêncio
(88) 9911.6711
Município de Crateús




Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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