Washington O jornal "Washington Post" informou ontem que a Casa Branca está revendo sua postura diante da guerra civil da Síria e já cogita enviar blindagens corporais e veículos armados para os rebeldes, além de possivelmente lhes oferecer treinamento militar.
O secretário John Kerry discutirá a possibilidade de envio de auxilio aos rebeldes durante viagem à Europa e Oriente Médio FOTO: REUTERS
A publicação cita fontes europeias e norte-americanas. Na última segunda-feira, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, já havia dito que o presidente Barack Obama está avaliando novas possibilidades para "cumprir nossa obrigação perante gente inocente", mas não deu detalhes.
Renúncia
"Estamos determinados a que as oposições sírias não fiquem de mãos abanando", afirmou Kerry na ocasião, sem afirmar se cogita enviar armas aos rebeldes. Os Estados Unidos pedem a renúncia de Bashar al Assad, e argumentam utilizando os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que apontam 70 mil mortos nos últimos dois anos devido ao conflito.
Os norte-americanos, inclusive, já ofereceram milhões de dólares em alimentação, assistência médica e roupas a refugiados sírios. Kerry enfatizou ainda que a continuidade da violência na Síria, com uma estimativa de 70 mil mortos nos últimos dois anos, é uma prova inconteste de que é hora de o presidente Bashar al Assad apresentar a sua renuncia.
O secretário John Kerry discutirá a possibilidade de envio de auxilio aos rebeldes durante viagem a Europa e Oriente Médio. Hoje, ele se reunirá com o grupo de 70 países que apoia a causa rebelde, conhecido como Amigos da Síria.
Ontem, o secretário americano voltou a defender que seja acelerada a transição política na Síria, mas sem dar detalhes de como isso aconteceria.
Ele disse que estudará a proposta com os países aliados, em especial potências como Reino Unido e França, também favoráveis à queda de Assad e a formação de um novo governo.
Confrontos
Ontem, as forças do regime sírio e da oposição concentram seus ataques na cidade de Aleppo, no leste do país. Enquanto as tropas de Assad fazem bombardeios com caças, os rebeldes tentam disparar com morteiros e armas antiaéreas.
Mais cedo, um morteiro vindo da Síria atingiu as colinas de Golã, ocupadas por Israel, sem deixar feridos. Segundo o Exército israelense, a bomba caiu a metros de um vilarejo próximo à fronteira. No entanto, não houve represália do Estado judaico até o momento.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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