segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Politica - Forçar saída é estratégia de risco, diz especialista


Especialistas avaliam que retirada do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) (foto), da base aliada do Governo seria uma estratégia arriscada, neste momento.
Segundo informações, a presidente Dilma Rousseff estaria pensando em retirar, até o fim do mês, o Ministério da Integração Nacional do controle do partido socialista, e entregá-lo ao PMDB. O titular da Pasta, Fernando Bezerra, é uma indicação de Campos, provável candidato à Presidência em 2014. Além da Pasta, outras indicações entrariam no corte presidencial. A estratégia seria “forçar” Campos a antecipar o anúncio de que será candidato, no ano que vem, sem continuar “faturando” com os acertos da atual gestão.

Para o cientista político Paulo Tadeu Moreira, Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (Iuperj), a ação, agora, seria prejudicial para presidente Dilma Rousseff. “Se ela fizer isso, agora, colocaria as articulações em risco. Se ela tiver força suficiente, isolaria Eduardo Campos sem romper com o PSB. Não retira, mas, ao mesmo tempo, o enfraqueceria”, disse o especialista, acrescentando que a saída do PSB, também, enfraqueceria os aliados Cid e Ciro Gomes (PSB).
Conforme Paulo Tadeu, a saída mais “inteligente” seria trocar as indicações. Ao invés de um nome ligado a Campos, ou mesmo ao PMDB, Dilma Rousseff indicaria alguém aliado aos Ferreira Gomes. “Se romper com PSB, coloca o Eduardo Campos na posição de candidato e enfraquece opositores à sua candidatura dentro do partido. O PMDB não precisa criar apoio. Ele já faz parte da base”, avalia.
POSSIBILIDADES
Na análise do especialista, apesar das movimentações, não há tantas possibilidades para o socialista, uma vez que seu reduto eleitoral segue concentrado somente, no Nordeste, tendo dificuldade em penetrar nos grandes colégios eleitorais: Minas Gerais e São Paulo. Do outro lado, Campos ainda enfrentará questionamentos sobre um discurso mais duro contra o governo federal, de quem é aliado e “colhe os louros” das políticas assertivas. Além das “vozes de resistências internas”, segundo o professor Paulo Tadeu, Campos precisará dar explicações à opinião pública sobre o apoio e manutenção, até pouco tempo, na base governista, o que, de acordo com ele, enfraqueceria suas argumentações de mudança.
Mesmo assim, aponta como positiva sua baixa rejeição popular, relembrando a onda de protestos que abalou o País, em junho, que, segundo ele, beneficiou candidaturas que se apresentam como “alternativa”, caso de Eduardo Campos e Marina Silva, que luta para ter obter o registro do seu partido. A Rede Sustentabilidade precisa que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defira o pedido de registro até 5 de outubro.
Entretanto, de acordo com Paulo Tadeu, o atual cenário pode ser comparado a um “jogo de xadrez”, onde no jogo político pré-eleitoral “um se coloca em reações e provocações ao outro”. Conforme destacou, a petista precisa de “forma inteligente” colocar sua jogada, claro sem colocar em risco sua gestão.



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Da Redação
Gomes Silveira
Fonte:O Estado

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