
Especialistas
avaliam que retirada do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB)
(foto), da base aliada do Governo seria uma estratégia arriscada, neste
momento.
Segundo informações, a presidente Dilma Rousseff estaria
pensando em retirar, até o fim do mês, o Ministério da Integração
Nacional do controle do partido socialista, e entregá-lo ao PMDB. O
titular da Pasta, Fernando Bezerra, é uma indicação de Campos, provável
candidato à Presidência em 2014. Além da Pasta, outras indicações
entrariam no corte presidencial. A estratégia seria “forçar” Campos a
antecipar o anúncio de que será candidato, no ano que vem, sem continuar
“faturando” com os acertos da atual gestão.
Para
o cientista político Paulo Tadeu Moreira, Instituto Universitário de
Pesquisa do Rio de Janeiro (Iuperj), a ação, agora, seria prejudicial
para presidente Dilma Rousseff. “Se ela fizer isso, agora, colocaria as
articulações em risco. Se ela tiver força suficiente, isolaria Eduardo
Campos sem romper com o PSB. Não retira, mas, ao mesmo tempo, o
enfraqueceria”, disse o especialista, acrescentando que a saída do PSB,
também, enfraqueceria os aliados Cid e Ciro Gomes (PSB).
Conforme
Paulo Tadeu, a saída mais “inteligente” seria trocar as indicações. Ao
invés de um nome ligado a Campos, ou mesmo ao PMDB, Dilma Rousseff
indicaria alguém aliado aos Ferreira Gomes. “Se romper com PSB, coloca o
Eduardo Campos na posição de candidato e enfraquece opositores à sua
candidatura dentro do partido. O PMDB não precisa criar apoio. Ele já
faz parte da base”, avalia.
POSSIBILIDADES
Na
análise do especialista, apesar das movimentações, não há tantas
possibilidades para o socialista, uma vez que seu reduto eleitoral segue
concentrado somente, no Nordeste, tendo dificuldade em penetrar nos
grandes colégios eleitorais: Minas Gerais e São Paulo. Do outro lado,
Campos ainda enfrentará questionamentos sobre um discurso mais duro
contra o governo federal, de quem é aliado e “colhe os louros” das
políticas assertivas. Além das “vozes de resistências internas”, segundo
o professor Paulo Tadeu, Campos precisará dar explicações à opinião
pública sobre o apoio e manutenção, até pouco tempo, na base governista,
o que, de acordo com ele, enfraqueceria suas argumentações de mudança.
Mesmo
assim, aponta como positiva sua baixa rejeição popular, relembrando a
onda de protestos que abalou o País, em junho, que, segundo ele,
beneficiou candidaturas que se apresentam como “alternativa”, caso de
Eduardo Campos e Marina Silva, que luta para ter obter o registro do seu
partido. A Rede Sustentabilidade precisa que o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) defira o pedido de registro até 5 de outubro.
Entretanto,
de acordo com Paulo Tadeu, o atual cenário pode ser comparado a um
“jogo de xadrez”, onde no jogo político pré-eleitoral “um se coloca em
reações e provocações ao outro”. Conforme destacou, a petista precisa de
“forma inteligente” colocar sua jogada, claro sem colocar em risco sua
gestão.
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Da Redação
Gomes Silveira
Fonte:O Estado
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