Eduardo
Campos passou o fim de semana ao telefone avaliando o que fazer. Por
ora, a orientação no PSB é deixar que a presidente tome a decisão da
separação
O
governador Eduardo Campos (PSB-PE) determinou silêncio temporário ao
partido diante das ameaças veladas de expulsão de seus afilhados
políticos com cargos no governo federal. Por ora, o pré-candidato à
Presidência não cogita retirar os aliados instalados na Esplanada dos
Ministérios.
Em privado, o pessebista mostra
incômodo com o movimento liderado por uma ala do PT que defende o
desembarque imediato da sigla --que integra a base aliada de Dilma
Rousseff-- do primeiro escalão do governo.
A pressão é encorajada pelo
PMDB, de Michel Temer, que deseja ampliar o espaço na administração e se
consolidar como parceiro preferencial petista no projeto reeleitoral de
Dilma em 2014.
Hoje, o PSB, que integra a
coalizão governista no Congresso, controla duas pastas: Integração
Nacional, ocupada por Fernando Bezerra Coelho (PE), da cota de Eduardo
Campos, e a Secretaria dos Portos, chefiada por Leônidas Cristino (CE),
indicado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes.
Eduardo Campos passou o fim de
semana ao telefone avaliando o que fazer. Por ora, a orientação no PSB é
deixar que a presidente tome a decisão da separação.
Setores do partido defendem a
entrega dos cargos, mas outras alas querem transferir esse ônus ao
Palácio do Planalto e fechar o quanto antes um pacto com o senador Aécio
Neves (PSDB-MG), outro possível candidato presidencial, de apoio mútuo
em um eventual segundo turno contra a petista.
É justamente contra essa
antecipação dos acordos eleitorais desfavoráveis ao projeto de reeleição
que Lula tem operado. Na última sexta-feira, durante reunião com a
presidente e demais integrantes do núcleo político, o assunto foi
tratado.
Segundo informações, não houve
decisão de rompimento. Por esforço do ex-presidente, ficou acertado que é
prudente esperar um pouco mais para agir.
No PT e no governo, sobra
pressão para que Campos seja riscado da lista de aliados. A própria
Dilma nunca esteve tão sensível a essa ideia.
Conforme revelou a coluna
"Painel", ela ficou contrariada ao ver o governador aparecendo em foto
posada com Aécio durante um jantar na residência do pernambucano no mês
passado.
A presidente interpretou a imagem como o sinal de que PSB e PSDB farão dobradinha contra ela em 2014, em eventual segundo turno.
A correligionários, Eduardo
Campos tem dito que ninguém pode proibi-lo de conversar com políticos,
muito menos recebê-los, da mesma forma que Lula foi à casa de Paulo
Maluf (PP-SP) em 2012.
O governador coloca na conta do
Planalto o vazamento de versões segundo as quais ele estaria se rendendo
"a setores de direita" para viabilizar sua candidatura nacional no ano
que vem.
Sugestão de Reportagens para o Central Quixadá - (88) 9669 4755 Tim, (88) 9202
6830 Claro e ou (88) 8818 8647 OI ,(88) 81012265 Vivo e (88)34121595
Fixo
Da Redação
Gomes Silveira
Fonte:Cnews
Nenhum comentário:
Postar um comentário