Na terceira operação que
investiga a atual gestão de Quixeramobim, só neste ano,
o Ministério
Público Estadual e a Polícia Civil apresentaram ontem novas acusações.
Se antes, eram apontadas irregularidades em licitações e contratos,
desta vez, são citados desvio de verbas públicas, pagamento a
funcionários fantasmas e acúmulo indevido de cargos.
Entre os
beneficiados estariam filhos e genro do prefeito Cirilo Pimenta (PSDB),
além de vereadores e secretários. Ontem, foram cumpridos 10 mandados de
busca e apreensão na Prefeitura, na Câmara Municipal e em residências de
vereadores e parentes de Cirilo. Segundo os promotores Igor Pinheiro e
Marcelo Pires, foram apreendidos documentos e computadores que já
apontam indícios de novas irregularidades.
Um dos casos que
mais chamam atenção é o do secretário do Município, o médico Carlos
Roberto Mota Almeida, que exerce quatro cargos simultaneamente e estaria
recebendo R$ 64.957,51 mensais, De janeiro a julho, o valor corresponde
a R$ 390 mil.
Segundo a operação Tolerância Zero, um dos
filhos do prefeito, o médico Antônio Manoel Siqueira Pimenta, é
contratado do Município e também da Assembleia Legislativa. No último
mês de julho, ele teria recebido o dobro do teto do funcionalismo
público municipal, de R$ 22.000. Também filha, Mariana Siqueira Pimenta
Cruz é médica contratada do Município. Como ela exerce a profissão de
dentista na Capital, as investigações apuram se ela é funcionária
fantasma na Prefeitura.
O marido dela, José Reimilson Pontes
Cruz, também é citado como funcionário fantasma pelo MP. Ele é
sócio-proprietário da DriveCar, empresa em Fortaleza, citada como
“suposta lavanderia do dinheiro ilícito” do prefeito.
O MP
também investiga a irmã do prefeito, vereadora Luíza Cristina Pimenta,
que teria cometido desvio de dinheiro público ao solicitar a
transferência de recursos públicos para sua conta bancária.
Pedido de impeachment
Ontem
mesmo o Ministério Público apresentou requerimento à Câmara Municipal
de Quixeramobim, no qual pede impeachment do prefeito Cirilo Pimenta e
afastamento da irmã dele, a vereadora, Luiza Cristina Pimenta Lima.
As investigações consistiram em averiguação de documentos e escuta telefônica autorizada por decisão judicial.
Confira alguns dos investigados:
O
prefeito Cirilo Pimenta é acusado pelo MP de ser o chefe
administrativo e político desta “verdadeira quadrilha voltada para
saquear o Município de Quixeramobim”. Segundo o MP, ele é coautor e
corresponsável administrativo dos atos de improbidade em investigação.
Os
secretários municipais Claudiane Maria Pinheiro Borges, Francisco
Idelbrando Rocha Ferreira, Ana Edna Leite Leitão, Ricardo Alexander
Eduardo Cavalcante, Ana Cláudia Pimenta Felício e Clébio Ferreira da
Silva são acusados de acúmulo de cargos. Alguns deles continuaram
recebendo salários como vereadores, mesmo depois de terem assumido os
cargos de secretários municipais. Há meses em que alguns deles teriam
recebido remuneração acima do teto permitido para o funcionalismo
municipal. Além disso, alguns deles aparecem na folha em outras funções,
que não seriam exercidas.
Tarso Pinheiro Borges: continuou a receber salário mesmo tendo sido afastado do cargo de secretário municipal em abril.
Everardo André de Sousa Júnior:
o MP acusa o vereador, presidente da Câmara Municipal, de peculato,
formação de quadrilha, ato de improbidade omissivo e ato de improbidade
administrativa.
Sugestão
de Reportagens: (88) 9669.4755 Tim (88) ou (88) 92026830 Claro (88)
81212265 Vivo (88) Oi 88188647 -(88) 34121595 Fixo ( 88) 94463128
Claro,falar com Ingrid Lima - email - centralquixada@gmail.com,centraldenoticias@bol.com.br e gomessilveira13@gmail.com
Postada:Gomes Silveira
Edição:Ingrid Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário