Pelo menos 97 processos já deram entrada no Tribunal de Contas do Estado (TCE) desde 2007 para apurar irregularidades no
Só no ano de 2013, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) firmou 174 termos de responsabilidade com os municípios cearenses para atender aos estudantes da rede estadual. No total, foram repassados quase R$ 51 milhões a essas cidades. Atualmente, não participam do programa no Ceará apenas Fortaleza, Maracanaú, Aquiraz, Chorozinho, Itapipoca, Trairi, Uruburetama, Canindé, Morada Nova e Milagres.
A orientadora da
Célula de Cooperação Financeira de Programas e Projetos da Seduc, Eleni
Rodrigues, diz que são feitas visitas in loco para constatar a situação
do transporte escolar. “O acompanhamento é mais para dar apoio ao
município. Quando ele assina o termo e se responsabiliza, a gente não
tem mais como interferir”, explica.
Em 2013, aproximadamente 106 mil estudantes foram atendidos pelo Programa de Transporte Escolar do Estado. A maioria dos está matriculada no Ensino Médio, cuja responsabilidade é do Estado, mas, em algumas cidades, são atendidos crianças e adolescentes do Ensino Fundamental. O programa também atende aos alunos que estudam nas escolas profissionalizantes.
Em 2013, aproximadamente 106 mil estudantes foram atendidos pelo Programa de Transporte Escolar do Estado. A maioria dos está matriculada no Ensino Médio, cuja responsabilidade é do Estado, mas, em algumas cidades, são atendidos crianças e adolescentes do Ensino Fundamental. O programa também atende aos alunos que estudam nas escolas profissionalizantes.
Adequação
A orientadora da Seduc Eleni Rodrigues afirma que parte dos transportes escolares dos municípios é doada. Entretanto, ela garante que, nos últimos anos, a qualidade dos veículos vem melhorando. “A gente está passando por adequação no programa para melhoria do transporte escolar. Cada município tem um responsável pelo programa. A intenção é sempre manter a parceria com o município”, destaca.
A titular da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 18, Edna Gomes, cuja sede é no Crato e abrange outras 10 cidades, relata que as coordenações regionais fiscalizam os municípios, principalmente quando recebem reclamações. “Se chega uma denúncia que o transporte não é adequado, a gente vai direto para a secretaria de educação do município”, aponta.
Edna Gomes alega que os integrantes da Coordenadoria Regional fazem viagens mensais para conversar com os gestores sobre o transporte escolar e outras pautas da educação. “No ano passado, teve uma denúncia de que o ônibus não era bom e o motorista atrasava, então vamos direto ao setor de transporte. Teve um caso desse em Araripe”, recorda.
O município de Tarrafas, que faz parte do Crede 18, foi alvo de uma ação referente ao transporte escolar em 2013. O processo foi convertido em Tomada de Contas Especial e apura irregularidades como uso de pau de arara e motoristas inaptos para transportar alunos; rotas fantasmas e quilometragem diferente da real; indícios de fraudes nos contratos e inexistência física da empresa contratada. O processo encontra-se no Ministério Público de Contas - que entrou com a ação juntamente com o MP Estadual - aguardando a notificação dos responsáveis.
A Tomada de Contas Especial atinge a gestão da ex-prefeita Lucineide Batista, que teve o mandato cassado no ano passado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ela terá de prestar contas com o TCE, mesmo fora do cargo. Em seu lugar, assumiu Maria Girleuda, após eleição suplementar realizada no dia 1º de dezembro. O processo não causará a interrupção do serviço de transporte escolar na cidade, já que a ação contra a ex-prefeita ainda não foi encerrada e a nova gestão vai firmar termo de responsabilidade para 2014.
Dos processos encaminhados ao TCE desde 2007 sobre transporte escolar, 21 foram arquivados. Muitos deles já foram concluídos, mas aguardam o pagamento das multas imputadas aos réus, e alguns foram encerrados por outros motivos, como morte dos gestores envolvidos.
Transporte alternativoConforme a secretária de controle externo do TCE, Giovanna Adjafre, a principal irregularidade constada pelo Tribunal é o desvio de finalidade na utilização dos veículos, que deveriam ser usados exclusivamente em agenda relacionada à atividade curricular dos alunos. “Já foi verificado o uso para transporte de doentes, turismo e como transporte alternativo de passageiros, inclusive em finais de semana e feriados”, informou em nota.
De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, o processo de adesão ao termo de responsabilidade para 2014 está em andamento, aguardando posicionamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que deverá informar os valores a serem repassados. Posteriormente, a Associação dos Municípios do Ceará (Aprece) também será ouvida para opinar sobre a divisão da verba entre as cidades do Estado.
Ainda segundo a Seduc, de 2008 a 2013, a parceria do serviço do transporte escolar da rede estadual era firmada através de termo de responsabilidade, conforme previsto na lei estadual 14.025/2007. Entretanto, o processo passará por mudanças. A partir deste ano, devido ao novo sistema implantado pela Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE), haverá nova formalização de contratos e convênios, seguindo a lei complementar 119/2012. O objetivo é enrijecer as regras nas prestações de contas para evitar fraudes e desvio de recursos.
A orientadora da Seduc Eleni Rodrigues afirma que parte dos transportes escolares dos municípios é doada. Entretanto, ela garante que, nos últimos anos, a qualidade dos veículos vem melhorando. “A gente está passando por adequação no programa para melhoria do transporte escolar. Cada município tem um responsável pelo programa. A intenção é sempre manter a parceria com o município”, destaca.
A titular da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 18, Edna Gomes, cuja sede é no Crato e abrange outras 10 cidades, relata que as coordenações regionais fiscalizam os municípios, principalmente quando recebem reclamações. “Se chega uma denúncia que o transporte não é adequado, a gente vai direto para a secretaria de educação do município”, aponta.
Edna Gomes alega que os integrantes da Coordenadoria Regional fazem viagens mensais para conversar com os gestores sobre o transporte escolar e outras pautas da educação. “No ano passado, teve uma denúncia de que o ônibus não era bom e o motorista atrasava, então vamos direto ao setor de transporte. Teve um caso desse em Araripe”, recorda.
O município de Tarrafas, que faz parte do Crede 18, foi alvo de uma ação referente ao transporte escolar em 2013. O processo foi convertido em Tomada de Contas Especial e apura irregularidades como uso de pau de arara e motoristas inaptos para transportar alunos; rotas fantasmas e quilometragem diferente da real; indícios de fraudes nos contratos e inexistência física da empresa contratada. O processo encontra-se no Ministério Público de Contas - que entrou com a ação juntamente com o MP Estadual - aguardando a notificação dos responsáveis.
A Tomada de Contas Especial atinge a gestão da ex-prefeita Lucineide Batista, que teve o mandato cassado no ano passado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ela terá de prestar contas com o TCE, mesmo fora do cargo. Em seu lugar, assumiu Maria Girleuda, após eleição suplementar realizada no dia 1º de dezembro. O processo não causará a interrupção do serviço de transporte escolar na cidade, já que a ação contra a ex-prefeita ainda não foi encerrada e a nova gestão vai firmar termo de responsabilidade para 2014.
Dos processos encaminhados ao TCE desde 2007 sobre transporte escolar, 21 foram arquivados. Muitos deles já foram concluídos, mas aguardam o pagamento das multas imputadas aos réus, e alguns foram encerrados por outros motivos, como morte dos gestores envolvidos.
Transporte alternativoConforme a secretária de controle externo do TCE, Giovanna Adjafre, a principal irregularidade constada pelo Tribunal é o desvio de finalidade na utilização dos veículos, que deveriam ser usados exclusivamente em agenda relacionada à atividade curricular dos alunos. “Já foi verificado o uso para transporte de doentes, turismo e como transporte alternativo de passageiros, inclusive em finais de semana e feriados”, informou em nota.
De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, o processo de adesão ao termo de responsabilidade para 2014 está em andamento, aguardando posicionamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que deverá informar os valores a serem repassados. Posteriormente, a Associação dos Municípios do Ceará (Aprece) também será ouvida para opinar sobre a divisão da verba entre as cidades do Estado.
Ainda segundo a Seduc, de 2008 a 2013, a parceria do serviço do transporte escolar da rede estadual era firmada através de termo de responsabilidade, conforme previsto na lei estadual 14.025/2007. Entretanto, o processo passará por mudanças. A partir deste ano, devido ao novo sistema implantado pela Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE), haverá nova formalização de contratos e convênios, seguindo a lei complementar 119/2012. O objetivo é enrijecer as regras nas prestações de contas para evitar fraudes e desvio de recursos.
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Postada:Gomes Silveira
Edição:Ingrid Lima
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