Como um dos motivos do racha entre os dois partidos são as alianças
regionais, Dilma espera que o gesto reduza o clima de tensão que marca a
relação entre PT e PMDB nos últimos dias.
O PT faria concessões em
Goiás, no Maranhão, na Paraíba, em Alagoas, em Rondônia e no Tocantins,
atendendo a demanda de líderes do partido. As duas siglas divergem no
lançamento de candidaturas próprias no Rio de Janeiro e no Ceará.
Na próxima quinta-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, terá uma
reunião com a cúpula do PMDB para discutir as alianças regionais.
O encontro foi intermediado pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa
Civil), escalado por Dilma para tentar debelar a crise peemedebista. A
expectativa do presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), é que as duas
siglas estejam coligadas em cerca de 12 Estados. Nos demais, onde não
houver chance de chapa única, os dois partidos vão estabelecer
procedimentos que viabilizem as duas candidaturas. No encontro com a
cúpula do PMDB ontem, Dilma e o Mercadante ouviram o vice-presidente,
Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da
Câmara, Henrique Alves (RN), além do líder do partido no Senado, Eunício
Oliveira (CE), e de Raupp. Não houve consenso sobre o espaço do PMDB no
primeiro escalão.
Dilma mantém a disposição em oferecer uma pasta a senadores
peemedebistas, sem atender o pedido de deputados do PMDB para
permanecerem com dois ministérios. A bancada do partido na Câmara já
avisou publicamente que vai entregar as duas pastas se perder espaço no
primeiro escalão - gesto que deu início à atual crise.
Isolamento
O líder trocou farpas públicas com o presidente do PT, Rui Falcão, e
defende que o PMDB "repense" a aliança nacional com os petistas em torno
da reeleição de Dilma. Após o encontro com a presidente, os
peemedebistas evitaram dar declarações públicas para não ampliar a
crise, especialmente após a disposição da presidente de não ceder aos
apelos do PMDB da Câmara. O presidente da sigla, Valdir Raupp (RO),
disse que trabalha para acabar com as divergências entre PT e PMDB. "A
aliança nacional está salva, a princípio".
Moção para apoiar Cunha é discutida por partido
Brasília Numa resposta à estratégia do Palácio do Planalto, deputados
do PMDB discutem a aprovação de uma moção de apoio ao líder da bancada
na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que tem sido isolado das negociações do
governo com a cúpula do partido depois que se tornou porta-voz da ala
insatisfeita do PMDB. A ideia é transformar a reunião de hoje num ato de
desagravo.
Questionado sobre a movimentação dos colegas, Eduardo Cunha disse que
não sabia e que não tem procurado ninguém para discutir a ameaça de
rebelião. O líder reafirmou que não se sente isolado até porque sua
posição sobre o governo não é pessoal e que estão querendo
"demonizá-lo".
"A mim ninguém pode isolar. Eu tenho posição de bancada. Não somos
obrigados a nos gostarmos, mas sim a nos respeitarmos", afirmou. E
completou: "Eu não estou fazendo nenhuma guerra, nem levando ninguém
para a guerra. Não há uma atuação deliberada pregando rompimento. Eu
preguei respeito", disse o peemedebista.
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Postada:Gomes Silveira
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