terça-feira, 11 de março de 2014

Bancada - Governo libera parte de emendas individuais


Raimundo Gomes de Matos Apesar de, na contabilidade das emendas individuais e coletivas, os 22 deputados federais do Ceará alcançarem um bom resultado geral na liberação de recursos, quando analisados apenas os pedidos apresentadas em conjunto pela bancada cearense, os números revelam que o Executivo Federal liberou
muito pouco para o Estado nos três primeiros anos do Governo Dilma Rousseff (PT). Entre 2011 e 2013, o Palácio do Planalto empenhou apenas 16,27%, em média, do valor total de emendas de bancada apresentadas nesse período.
A constatação foi feita após levantamento baseado em números da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional, ao qual o Diário do Nordeste teve acesso. Os dados revelam também que, apesar de a bancada protocolar cerca de 16 emendas coletivas a cada ano, em todos os períodos, o Executivo empenhou apenas quatro delas, em média. De uma forma geral, os recursos liberados foram destinados à educação profissional e superior e à construção de barragens e de prédios para órgãos do Poder Judiciário.
Entre os três anos analisados, 2013 foi o que o Governo Federal liberou menor porcentagem de emendas apresentadas pela bancada cearense. Foram empenhados apenas 10,43% dos R$ 469,3 milhões pedidos. As duas únicas emendas atendidas foram a que destinou R$ 38,9 milhões para a "expansão e reestruturação da rede federal de educação profissional e tecnológica" no Estado e a que liberou R$ 10 mi para "modernização de instalações da Justiça Federal" em Fortaleza. Todas as outras 14 emendas, que envolviam projetos em diversas áreas, não foram liberadas.
Regiões
Não foram empenhadas, por exemplo, emendas que destinavam recursos a ações de "ampliação ou melhorias de sistemas de esgotamento sanitário em municípios com população superior a 50 mil habitantes ou municípios integrantes de regiões metropolitanas ou de regiões integradas de desenvolvimento"; à construção do Centro Olímpico na Capital e do aeroporto de Sobral; à estruturação de unidades de atenção especializada de saúde em Fortaleza e à reestruturação e expansão da Universidade Federal do Ceará, dentre outras.
Para 2014, a bancada federal cearense apresentou 16 emendas que totalizam, juntas, R$ 413,3 milhões. Entre os pedidos, estão recursos para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas e pesqueiros; estruturação da rede de serviços de proteção social básica; "ampliação da rede trifásica para atendimento a cadeias produtivas na zona rural do Estado"; desenvolvimento da Região Metropolitana do Cariri; "implantação, instalação e modernização de espaços e equipamentos culturais" em Fortaleza, entre elas a Pinacoteca.
Foram solicitados ainda recursos para expansão do campus da UFC em Sobral; implantação e modernização da infraestrutura para esporte educacional, recreativo e lazer na RMF; "implantação de obras de infraestrutura hídrica e turística em Sobral e na Região Metropolitana de Fortaleza, respectivamente; construção da sede da Procuradoria Regional do Trabalho, na Capital; recuperação da Praia do Mucuripe/ Praia Mansa; "apoio" a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e assistência ao estudante de ensino superior no Nordeste. Esta última já teve pago 3,6% do valor autorizado.
Desprestígio
Deputados creditam a não liberação de emendas coletivas às limitações do Executivo em relação ao Orçamento da União. Para a oposição, a realidade é fruto do "descaso" do Governo com a economia e do desprestígio da bancada com o Planalto. A coordenação da bancada do Ceará, por sua vez, tem discurso mais brando e diz que esse é um problema "histórico". Mesmo assim, prevê que, com o orçamento impositivo, a tendência é que os percentuais diminuam ainda mais.
"A bancada se mobiliza, luta na comissão de Orçamento, define as prioridades, cria expectativa, faz projeto, mas, quando chega na área econômica para executar, vê esse desastre, com execução mínima", critica o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB). O tucano reclama que a bancada é desprestigiada pelo Governo e não contribui para mudar esse cenário. "A bancada não se posiciona, não há pressão. A bancada nunca deixou de votar nada, porque não está sendo atendida".



DA REDAÇÃO DO CENTRAL QUIXADÁ ONLINE



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Postada:Gomes Silveira
Fonte:DN

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