Enquanto alguns vereadores da base aliada preveem uma clara separação
das divergências eleitorais da rotina na Câmara, outros já enxergam o
enfraquecimento do amplo apoio garantido atualmente à Prefeitura. A
oposição da Casa acredita que a maioria vai evitar acirramentos para não
prejudicar o relacionamento com o prefeito Roberto Cláudio e permitir a
sequência da aliança após todo o processo eleitoral.
Para o vereador Vitor Valim (PMDB), as divergências causadas pelo
período eleitoral não irão interferir na relação da base aliada na
Câmara, mas alertou que será necessário o amadurecimento político dos
parlamentares e do prefeito Roberto Cláudio para que isso ocorra. "A
gente espera que o prefeito tenha a responsabilidade de não se preocupar
em retaliar os vereadores do PMDB. Espero que ele tenha o
amadurecimento político de separar as coisas", ressaltou.
O vereador Gelson Ferraz (PRB) também espera não haver tanta
interferência na relação da Câmara com o prefeito. Ele lembrou que, em
nível estadual, seu partido foi excluído do arco de alianças por
iniciativa de filiados do PROS e, apesar desse retrato, ele continuou a
votar a favor das mensagens enviadas pelo Poder Executivo. "No Governo
do Estado, o PRB foi totalmente excluído da base aliada do governador
Cid Gomes, mas nossa relação com o prefeito continuou igual".
Acirramento
O líder do prefeito Roberto Cláudio na Câmara, vereador Evaldo Lima
(PCdoB), evitou fazer previsões, mas reafirmou que seu partido vai
trabalhar para a manutenção do arco de alianças. Já o vice-líder Didi
Mangueira (PDT) não hesitou ao afirmar que o rompimento vai fragilizar a
base aliada e comprometer a garantia da Prefeitura de sempre ter um
amplo apoio aos projetos enviados à Casa.
"Se fosse só PMDB, o impacto era menor, mas se o rompimento acontecer,
os outros partidos também reavaliarão suas posições e isso vai complicar
a situação do prefeito na Câmara Municipal. É claro que a base aliada
vai se fragilizar. Só no PMDB, são quatro vereadores e todos precisam
obedecer a orientação do partido", avaliou.
O líder do PROS na Câmara, vereador Márcio Cruz, alertou que o
rompimento com o PMDB não vai interferir somente na postura dos
parlamentares que compõem a legenda, mas também influenciará todos os
outros vereadores mais ligados ao senador Eunício Oliveira.
"Na Casa, ainda tem os vereadores Ziêr Férrer (PMN), Eulógio Neto
(PSC). Então, se romper, o cenário será outro. Esses parlamentares
receberão orientação para não votar mais com o governo, além de outros
ajustes", analisou Márcio Cruz.
Para o vereador Ronivaldo Maia (PT) os mais ligados ao senador Eunício
evitarão bater de frente com o prefeito para não terem prejudicados seus
pedidos. "Acho que essa vai ser a maior preocupação dos vereadores do
PMDB. Acho que eles irão adotar um posicionamento político mais forte,
mas vão evitar o acirramento até para não ficarem numa saia justa com
prefeito e impedir que a relação com ele fique prejudicada", disse.
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Postada:Gomes Silveira
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