Atualmente, para que um partido consiga ser registrado junto ao TSE, a
legislação exige que a agremiação apresente assinaturas de apoiamento
de, no mínimo, 491.656 mil eleitores, de pelo menos nove estados.
Segundo o TRE, não se sabe quantas assinaturas de apoio ao PMB foram
validadas no Estado. Informações do site da legenda relatam que a meta
foi obtida em 13 estados, sem especificá-los. O presidente interino do
PMB em Fortaleza, Thiago Dias, diz que o Ceará não alcançou a meta de
4,7 mil eleitores, mas garante que a sigla está "correndo atrás".
Dias acrescenta que outra meta em que o PMB Ceará está trabalhando,
também exigida pelo TSE, é instituir comissões provisórias e diretórios
em 10% dos municípios do Estado, o que corresponde a cerca de 19 dos 184
municípios cearenses.
Interina
Ele afirma que o partido está "formado" em 11 cidades cearenses, entre
elas Fortaleza, Maracanaú, Pacatuba, Aracati e Eusébio. Apesar de criado
há menos de dois anos, Thiago diz que o partido já mudou de direção uma
vez, em dezembro de 2013, motivo pelo qual assumiu a presidência
interina, mesmo a política da sigla estabelecendo que só mulheres serão
presidentes.
A presidência estadual passou das mãos de Cícera da Silva para Magda
Costa. Thiago explica que a decisão de mudar foi da direção nacional,
que encontrou motivos, que ele diz desconhecer, para destituir a antiga
direção. "A direção estadual então começou a mudar os diretórios
municipais que eram articulados pela antiga", disse.
Segundo o site do PMB, o partido foi criado para lutar pelos interesses
das mulheres e por maior participação feminina na política. "Os
progressos para garantir uma maior presença feminina nos lugares de
decisão têm sido demasiado lentos", critica.
Thiago lembra que, apesar de concentrar a luta em prol dos anseios da
mulher, o PMB não é feminista. "Ele nasce a partir da luta da eliminação
do preconceito", diz. Em entrevista à imprensa nacional, a presidente
nacional da sigla, Suêd Haidar, define o partido como de direita, sendo
contra a liberação do aborto e da maconha, mas favorável ao casamento
gay.
Para a cientista política Carla Michele, é "desnecessário" criar um
partido para defender os interesses da mulher e lutar por maior
participação feminina na política. "Se você olhar os programas, muitas
coisas se repetem. São muitos partidos e pouca ideologia", diz.
A especialista lembra que a participação das mulheres na política se
dá, em sua maioria, por influência do marido ou pai, mas ressalta as
exceções. "Ainda há muitos obstáculos a serem ultrapassados para chegar a
participação feminina plena", conclui, ressaltando que esse fenômenos é
resultado da herança patriarcal.
No último sábado, quando foi comemorado o Dia da Mulher, o PMB promoveu
evento na Casa José de Alencar, em Fortaleza, e ofereceu serviços como
cortes de cabelo, orientação jurídica e feiras de artesanatos.
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Postada:Gomes Silveira
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