MOTOCEDRO EM QUIXADÁ

MOTOCEDRO EM QUIXADÁ
MOTOCEDRO EM QUIXADÁ -TELEFONE 88 3412 0066

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Fraude na Petrobras - Atual diretor diz que não sabia de esquema

Brasília. O diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou ontem à CPI mista da Petrobras que nunca tinha ouvido falar em irregularidades dentro da companhia, antes da eclosão do escândalo envolvendo a estatal.
Durante cerca de duas horas,
o diretor foi questionado se conhecia detalhes sobre temas como pagamento de propina a empresários, superfaturamento de obras e indicações políticas a cargos de alto escalão. Ele repetia que não tinha informações sobre essas suspeitas, pois só passou a ocupar o cargo atual em 2012.
Consenza substituiu Paulo Roberto Costa, apontado pela Polícia Federal como o principal operador do esquema de corrupção na Petrobras, que teria movimentado R$ 10 bilhões, segundo a Polícia Federal.
Instado a explicar por que fora citado em uma troca de mensagens entre o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) e o doleiro Alberto Youssef, o diretor limitou-se a dizer que nunca foi apresentado a nenhum dos nomes mencionados.
Os parlamentares quiseram saber quais medidas Cosenza adotou para coibir novas irregularidades na companhia. Também em mais de uma ocasião ele limitou-se a expor as investigações que estão em curso, dentro e fora da Petrobras.
"Temos comissões internas de averiguação desses fatos levantados pela imprensa, e a companhia está colaborando com Ministério Público e PF. Nossa apuração interna está nos finalmentes", afirmou Cosenza.
Perguntado se havia afastado do seu departamento pessoas que trabalharam com Paulo Roberto Costa, Cosenza disse considerar "temerário" tomar atitudes antes do fim da apuração das denúncias.
No início do depoimento, o relator, deputado Marco Maia (PT-RS) perguntou se o diretor mantinha contato ou relação comercial com Paulo Roberto, após ele ter deixado a Petrobras. Cosenza dissera que não.
Pouco depois, no entanto, após outro questionamento, o diretor afirmou que falou cinco vezes com o antecessor, desde que ele saiu da companhia: três por telefone e duas pessoalmente.
Cosenza rebateu a acusação de que havia se contradito. Argumentou ter entendido que Marco Maia queria saber se ele tinha contato com Costa antes de substituí-lo na diretoria.
O deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) afirmou na sessão ter informações de que, após a queda de Costa, Cosenza fora procurado por pessoas interessadas na manutenção do esquema de corrupção na diretoria de Abastecimento. Cosenza negou.
Os parlamentares também quiseram saber qual o nível de interlocução de Cosenza com a presidente Dilma Rousseff (PT). Ele afirmou já tê-la encontrado em uma reunião, na companhia de outros diretores. Acrescentou que, na ocasião, foram tratados assuntos sobre qualidade de asfalto, um derivado do petróleo.
Pagamento de multa
O executivo Julio Camargo, apontado como elo do cartel de empreiteiras com o esquema de corrupção na Petrobras, aceitou pagar multa de R$ 40 milhões no âmbito da delação premiada que fechou com o Ministério Público Federal. A investigação mostra que o executivo detinha o controle de três companhias que recebiam aportes de empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, apontado como operador do esquema de propinas.
Youssef recebeu alta na manhã de ontem, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Santa Cruz, de Curitiba, onde ele estava internado desde sábado (25). Preso há nove meses, o doleiro sofreu uma queda brusca de pressão e foi hospitalizado.

POSTADA;GOMES SILVEIRA
FONTE;DN

Nenhum comentário:

Postar um comentário