sábado, 1 de novembro de 2014

Conselho político - Camilo quer ouvir os líderes aliados

O governador eleito Camilo Santana (PT) se reuniu, ontem, com os presidentes dos partidos que formaram a coligação "Para o Ceará Seguir Mudando" e com dois partidos que não estavam formalmente coligados, mas o apoiaram na disputa eleitoral, o DEM e o PSC, para agradecer a contribuição dada na eleição e destacar a criação de um Conselho Político formado por estes partidos. Ao todo, 18 partidos estavam coligados oficialmente na chapa de Camilo, mas durante a campanha o Solidariedade anunciou apoio a Eunício Oliveira (PMDB), embora alguns dos seus filiados não tenham acompanhado a decisão última do partido. O presidente Genecias Noronha não foi ao encontro.
Acompanhado da vice-governadora Izolda Cela (PROS), e do presidente da Assembleia Legislativa José Albuquerque (PROS), Camilo Santana apontou a ideia da criação do Conselho Político para existir durante os quatro anos de Governo, atuando no aconselhamento e sugerir ações para o Estado.
"Eu considero que isso é importante e faz parte, porque a aliança tem que acontecer durante a campanha e durante o Governo, portanto o que eu pretendo fazer pelos próximos quatro anos é ter esse diálogo e comunicação com todos os partidos que me deram apoio", salientou. E afirmou que o encontro também serviu para avaliar a forma como a campanha foi feita em Fortaleza e no Interior. "Esse é o meu estilo de fazer um agradecimento também pelo trabalho, pela dedicação e o resultado vitorioso que nós tivemos na campanha", ressaltou.
Permitir
Segundo Camilo, o Conselho será presidido por ele e nos próximos dois meses, novembro e dezembro, vão ser realizados dois seminários para contribuir na solidificação dos programas de Governo que serão apresentados à sociedade para permitir a cobrança dos projetos. "Eu quero manter esse diálogo e acho que é uma forma democrática de participação, de ideias e sugestões", explicou.
Quanto a uma eventual participação no Conselho de partidos que compuseram a oposição durante a campanha, o governador eleito frisou que o Conselho será formado apenas por partidos que o apoiaram. "Eu vou manter diálogo com toda a sociedade, mas o meu Governo terá o Conselho Político por aqueles que me apoiaram e que apoiam esse Governo", enfatizou.
Durante o diálogo com os dirigentes, Camilo destacou que, passada as reuniões com grupos temáticos durante a campanha, o momento é de consolidar o Conselho e, para isso, tentará o institucionalizar. Ele também relatou as sugestões dadas no encontro pelos dirigentes vistas por ele como positivas, como encontros com a bancada federal, reuniões anuais e a formação de grupos técnicos.
"É preciso uma aproximação maior com as pessoas, é importante a manutenção do diálogo e esse momento estou fazendo porque acredito no processo democrático, não será um Conselho de faz de conta, vamos ver como institucionalizar o Conselho", destacou.
Camilo disse ainda estar se sentindo um homem mais honrado após a campanha muito disputada e com aspectos antiéticos e acentuou sua dedicação para não decepcionar o Estado. "Só Deus sabe o quanto sofri por dentro, estou me sentindo um homem mais honrado", contou.
Transição
O governador eleito indicou que tratará de fazer a transição do Governo para posteriormente fazer um planejamento das ações prometidas para os próximos quatro anos e afirmou o desejo de honrar todos os compromissos de campanha até o quarto ano de Governo.
"Eu quero já estar com isso planejado para já saber qual minha meta para o primeiro ano, segundo ano, e até o quarto ano eu quero honrar todos os meus compromissos, aliás durante os quatro anos de Governo".
Segundo ele, o decreto de transição deve ser formalizado até a próxima semana quando ele indicará os nomes que vão iniciar os trabalhos. "Nós vamos na próxima semana indicar alguns nomes para começar, eu já estou tendo acesso a algumas informações do Governo, conheço bem como o Governo funciona, então não teremos problema. O decreto deverá saindo na próxima semana para a gente oficializar", relatou.
Questionado sobre a escolha dos novos secretários que farão a composição do Governo, Camilo Santana explicou que a decisão vai ser tomada por ele e a vice Izolda Cela priorizando o critério de capacidade técnica e competência em cada área.
"Ainda temos tempo, nós fizemos uma aliança programática, um programa para o Ceará, a escolha dos nomes serão escolhas técnicas. Será uma escolha minha e da Izolda de acordo com a capacidade técnica e competência de cada área", defendeu. Sem desconsiderar o fator político na escolha, ele salientou o critério técnico, pois quer um Governo veloz. "A política está em tudo e as pessoas serão escolhidas especificamente com a sua capacidade e competência, eu serei um governador que vai cobrar muito resultado".
Dirigentes
Izolda Cela agradeceu a força dada pelas agremiações e lembrou a importância dos seminários que vão acontecer nos próximos meses para tratar sobre o plano de Governo. Ela destacou que eles devem contar com a mobilização entre os partidos. Já o presidente da Assembleia, José Albuquerque, disse estar satisfeito com a maneira como Camilo está iniciando suas ações.
O presidente estadual do DEM, partido que estava coligado com o PMDB, o deputado eleito Moroni Torgan explicou sempre ter deixado claro a Eunício Oliveira o seu apoio ao governador Cid Gomes e ao nome indicado por ele. Torgan defendeu que Camilo é uma pessoa preparada para fazer o bem ao Estado e que ele tem a vontade de unir e fazer um Governo coletivo.
"Ele demonstrou hoje uma vontade de união muito grande, de fazer um Governo coletivo, não unilateral, acredito que vai ser muito bom para o Ceará, ouvir todo mundo e estar em contato com as pessoas na rua vai ser fundamental", opinou.
Durante a reunião, ele sugeriu que o Conselho pudesse contar com grupos especializados para sugerirem ações em áreas específicas. "Os grupos não vão determinar, mas podem sugerir inovações em uma área, uma coisa totalmente voluntária, é bom quando isso acontece em um Governo", disse.
Já Arnon Bezerra, presidente estadual do PTB e deputado federal reeleito, avaliou como assertiva a reunião por deixar uma expectativa positiva nos presidentes que relatam com mais profundidade a avaliação da campanha e o comportamento nas regiões. "O Camilo está aberto aceitando sugestões e críticas, isso está nos dando essa perspectiva de um bom desempenho no Ceará", contou.
Para ele, há um sentimento positivo para o futuro do Governo Camilo pela experiência administrativa adquirida nas Secretarias do Governo.
Arnon avaliou que Cid Gomes pode ter uma influência positiva no Governo de Camilo por sua experiência e mesmo saindo do Governo deverá continuar sendo uma fonte. "Se fosse eu sempre teria no Cid um bom conselheiro, alguém que possa ter uma boa experiência e colaborar. Com a sensibilidade que o Camilo tem e a experiência do Cid, tenho certeza que eles se completarão".
 
 
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POSTADA;GOMES SILVEIRA
FONTE;DN

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