Após a Petrobras divulgar, na última quarta-feira, balanço referente a 2014 que aponta perda de R$ 6,2 bilhões ocasionada por conta dos desvios de recursos na estatal, parlamentares filiados a partidos envolvidos no esquema de corrupção, em entrevista ao Diário do Nordeste,
defenderam punição máxima aos acusados que forem condenados pela Justiça. De acordo com o balanço da petrolífera, a empresa teve prejuízo de R$ 21 bilhões durante o ano passado.
O deputado estadual Zé Ailton Brasil (PP), membro do Partido Progressista (PP), sigla com maior número de políticos citados no escândalo da Petrobras, disse acompanhar com tristeza o andamento das investigações, levando em conta o volume de dinheiro desviado. "Enquanto estamos brigando para que os recursos do pré-sal sejam destinados para a Educação, o dinheiro está sendo desviado para a corrupção", lamentou.
O parlamentar defendeu que todos os envolvidos no esquema sejam apenados, mas destacou que o partido ainda não conversou com seus filiados sobre o assunto. "Mas eu tenho defendido que se apure e que, após isso, o partido faça uma análise e que permaneçam aqui somente os que defendem a ética e o bem-estar social", afirmou. Somente do PP são 34 investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O petista Elmano Freitas afirmou que o problema da Petrobras se deu por conta do envolvimento de funcionários de carreira da empresa com a política. Conforme o deputado estadual, o concurso público avalia apenas competências, mas não o caráter dos funcionários. Segundo ele, o atual cenário demonstra que somente a gestão de servidores de carreira não é suficiente para o andamento de equipamentos públicos.
"Talvez seja mais importante aprofundarmos o instrumento de transparência e controle social. Do ponto de vista político, está evidente que o PT acabou se envolvendo com isso e agora defendemos que o partido não tenha mais financiamento privado de campanha. Essa é uma autocrítica e devemos tirar lições disso. Temos que fazer primeiro o dever de casa para ter autoridade de cobrar dos outros", apontou o parlamentar.
Ações da estatal
O PSDB tem apenas uma pessoa sendo investigada no caso, o senador Antonio Anastasia, de Minas Gerais. Segundo o deputado tucano Carlos Matos, deve-se haver uma separação entre gestão pública com articulação política para evitar situações futuras semelhantes ao contexto atual. Ele lembrou que 66% das ações da estatal caíram desde que o pré-sal foi anunciado, em 2007, o que ele diz não ser aceitável, alegando que deveria ter ocorrido o efeito inverso.
"O que houve foi um roubo da empresa, comprando equipamento em Pasadena com valor superfaturado, com funcionários ligados ao PT", disse. O parlamentar ressaltou que os prejuízos podem chegar a R$ 50 bilhões e defendeu que as investigações apontem, de fato, os culpados pelo esquema fraudulento. "Espero que o presidente da Petrobras tenha liberdade e que a empresa passe por um novo momento", defendeu.
O tucano ainda destacou o uso da Petrobras como braço político do Governo Federal, citando a promessa de instalação das refinarias Premium I e II, no Ceará e Maranhão, respectivamente, empreendimentos que acabaram não sendo concretizados. Para o parlamentar, o Ceará teve prejuízo na perda de mais de 90 mil empregos que não serão mais realizados pela estatal. "Todos nós torcemos que esse seja um capítulo à parte, porque ela foi assaltada por um pequeno grupo e esperamos que isso seja passado", defendeu.
Na lista estão ainda nomes do PTB, partido de sustentação do Governo Dilma Rousseff, e do PMDB, incluindo os presidentes da Câmara Federal, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL). Um cearense, o deputado federal Aníbal Ferreira Gomes, também está sendo investigado no inquérito.
Benesses
A deputada Silvana Oliveira (PMDB) afirmou que, caso seja confirmada a participação de peemedebistas no episódio, todos devem perder seus mandatos, já que a punição por conta dos desvios de dinheiro da estatal tem recaído sobre a população. "É a população quem está sofrendo por conta dessas benesses que foram feitas para garantir eleição de partido. Dizer que está tendo mais punição é conversa, porque o que nunca teve foi tanta corrupção", salientou.
Para a deputada, se no PMDB houve algum desvio de dinheiro público, o culpado deve ser julgado. O deputado Walter Cavalcante (PMDB) limitou-se a dizer que os órgãos competentes estão fazendo a investigação necessária para apontar os culpados no esquema. Segundo ele, quem tiver sua participação confirmada deve ser punido. O parlamentar ainda afirmou que o balanço divulgado pela estatal foi importante, pois os investidores estarão mais certos acerca da aplicação de capital na empresa.
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POSTADA:GOMES SILVEIRA ,COM INFORMAÇÕES DO DN
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