
Todavia, os moradores da comunidade situada ao lado da
barragem do Fogareiro, cerca de 100 famílias, estão vendo apenas a água correr rio abaixo. Sem água há mais de semana, estão sendo abastecidos pelos caminhões, informou a agricultora Liduína Torres. "Os técnicos da Cogerh e do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) explicaram que o problema é apenas na bomba de captação de água para a vila". Mas ela e os vizinhos desconfiam tratar-se de uma manobra para garantir o abastecimento da cidade.
Protesto
Pela desconfiança, no último dia de abril, os moradores realizaram um protesto e até chegaram a fechar a válvula da adutora que libera água pelo Rio Quixeramobim até chegar à estação de tratamento do SAAE. Eles esperam impacientes por uma solução. Não consideram justo verem a água sendo bombeada ao lado da vila e serem obrigados a pegar para o consumo doméstico em baldes. Não havendo solução rápida, ameaçam interromper a liberação de água novamente, ressaltou a moradora.
A respeito do problema, o gerente regional da Cogerh, Luís Pimentel, explicou ser de responsabilidade do SAAE de Quixeramobim o abastecimento da Vila do Fogareiro, onde moram cerca de 450 pessoas. Entretanto, na condição de gerenciador dos recursos hídricos da sub-bacia do Banabuiú, onde o açude está situado, explicou não haver nenhuma intenção de corte de água para aquela comunidade. O problema realmente é operacional. O motor de bombeamento para a vila não está mais puxando a água. Haverá necessidade de remanejamento para outro ponto do açude. A solução encontrada foi instalar um flutuante e levar os tubos e o motor para uma área mais profunda do açude. Quanto à liberação da água para a cidade, a decisão foi tomada no fim de fevereiro, pelo colegiado da Comissão Gestora do Sistema Hídrico.
Volume morto
Ainda de acordo com Luís Pimentel o açude Fogareiro deveria atingir o seu volume morto no início de abril, não havendo mais condição de atender à vila, e nem de dar suporte à cidade. As chuvas registradas no Município, entre os dias 18 e 23 de março, deram um alívio. Houve um pequeno acúmulo de água, mas o suficiente apenas para os próximos 21 dias, estimou. Por esse motivo, dois poços profundos estão sendo perfurados e mais outros dois foram solicitados, para atenderem às necessidades domésticas dos moradores daquela localidade rural situada no distrito de Passagem.
O diretor do SAAE, Ronilson Rodrigues, confirma as informações do gerente da Cogerh. Ele acrescenta estarem sendo adotadas as medidas necessárias para atender à população do Município. Com os moradores do Fogareiro, não será diferente.
Acerca da atual situação da cidade, o diretor do SAAE explicou que a Superintendência de Obras Hídricas (Sohidra) já perfurou 20 poços, 14 deles com boa vazão de água, os outros seis foram secos. O SAAE perfurou outros 14, todos com água. Desse total, 11 já estão interligados à rede de abastecimento.
Evitar o desperdício
Desde a década de 1993, quando toda a cidade chegou a ser abastecida por carros-pipa, Quixeramobim não enfrentava uma crise hídrica tão crítica. Faltando apenas um mês para o encerramento da quadra chuvosa no Ceará dificilmente esse quadro vai mudar. Por esse motivo o SAAE solicita aos moradores, principalmente da área urbana, evitarem ao máximo o desperdício. Outra orientação está relacionada à perfuração de poços profundos. Antes de contratarem o serviço a empresas particulares, devem manter contato com os técnicos da Cogerh. Também é importante realizarem as análises físico-químicas e bacteriológicas na água a ser captada.
Mais informações
SAAE de Quixeramobim
(88) 3441 1293
Cogerh - Quixeramobim
(88) 3441 4482
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POSTADA:GOMES SILVEIRA - FONTE:MONÓLITOS POST
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