
Temer concedeu entrevistas separadamente a duas das principais publicações especializadas em economia do mundo -o nova-iorquino The Wall Street Journal e o londrino Financial Times- para rejeitar a pecha de golpista que Dilma tem lhe atribuído.
Foram as primeiras manifestações públicas do peemedebista desde que 367 dos 513 deputados da Câmara - mais do que os dois terços (342) exigidos pela lei- aprovaram a continuidade do processo de impeachment da antiga companheira de chapa.
"Se cada etapa do impeachment está de acordo com a Constituição, como pode ser golpe?", disse Temer à publicação americana.
Se o Senado acolher o processo enviado pela Câmara, Dilma será afastada por até 180 dias, sendo substituída por Temer. Se ela for condenada, o peemedebista fica no cargo até a sucessão de 2018.
Nas Nações Unidas, Dilma fará um discurso em que afirmará que as chamadas pedaladas fiscais não constituem motivo suficiente para o afastamento e que ela não é alvo de acusações de corrupção, diferentemente de grande parte dos congressistas que votaram para destituí-la.
Ao internacionalizar o discurso de que o impeachment solapa a democracia brasileira, Dilma busca minar a legitimidade de Michel Temer aos olhos da comunidade internacional.
Falando na condição de presidente interino com a viagem de Dilma ao exterior, Temer disse que deixará o cargo com a volta da titular, amanhã, o que prova o funcionamento regular das instituições no País.
Temer expressou descontentamento com as recentes acusações de que esteja conspirando para destituir a presidente e tomar o lugar dela.
"O fato de ela estar dizendo que eu sou um golpista é obviamente perturbador para mim e para a vice-presidência da República", disse.
Numa variação ao Financial Times, Temer lembrou que Dilma perdeu, simultaneamente, base de sustentação no Congresso e apoio da população - ecoando pesquisa do Datafolha que mostrou que, no início do mês, 61% dos entrevistados apoiavam o impeachment.
"Quando ela me acusa de ser um conspirador ou um golpista, eu me pergunto se eu realmente teria a capacidade de influenciar 367 deputados e 70% da população brasileira. Trata-se de algo sem o menor fundamento", afirmou Temer.
Saiba mais
Manifestantes pró-Dilma fazem protesto
Manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff ocuparam a avenida Paulista no sentido Consolação na noite de ontem.
O protesto "Não Vai Ter Golpe" foi convocado pelas redes sociais para às 17 horas em frente ao Masp. Do museu, o grupo caminhou até a praça do Ciclista.
A Polícia Militar não divulgou uma estimativa do público presente ao ato. Os manifestantes exibiram faixas com os dizeres "Fica, querida" e "Fora Cunha".
Protesto na casa de Temer em São Paulo
Cerca de 40 pessoas, em sua maioria jovens, protestaram na manhã de ontem em frente à casa do vice-presidente Michel Temer, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Os estudantes - que, durante o protesto, gritavam frases como "Não vou deixar o Temer rasgar a constituição"- deixaram a praça onde fica a casa do vice-presidente por volta das 9h10min. Cerca de 30 minutos depois, veículos da Polícia Militar chegaram ao local e isolaram a casa com gradis.
Uma viatura permanece ao lado da residência.
Durante o ato, cerca de 10 seguranças permaneciam em frente à casa do vice.
POSTADA POR GOMES SILVEIRA
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