sexta-feira, 21 de outubro de 2016

LAVA JATO - Após prisão de Cunha, Temer quer mostrar força no Congresso

Após regresso de viagem no Japão e na Índia, a ordem do presidente Michel Temer (PMDB) é não deixar com que a prisão do deputado cassado Eduardo Cunha abale o governo. Os ministérios devem continuar a todo vapor, sem mudanças na agenda. Também no Congresso, ele pede que as votações sejam mantidas.

A estratégia de Temer é a demonstração de força, através da aprovação, dentre outras medidas, da PEC 241 (PEC do teto de gastos) já na próxima semana. A proposta teve votação expressiva no primeiro turno, na Câmara, e deve ser aprovada logo mais.

Essa foi a sinalização repassada pelo porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, ao responder a questionamentos sobre o tema. De acordo com Parola, a Operação Lava Jato é “da alçada” do Poder Judiciário e não terá a interferência do Executivo. As investigações, disse, são um “sinal de amadurecimento democrático”.

Sobre a votação da PEC, Parola respondeu: “A agenda política de recuperação e reconstrução do Brasil não se confunde com as investigações levadas adiante pela Justiça. A agenda de reformas e modernização econômica, social e política responde a uma urgência do povo brasileiro”.

Temer deverá se reunir com aliados de Cunha, no entanto, para evitar que o peemedebista preso provoque qualquer tipo de retaliação nas votações, visto que ele ainda possui influência entre os colegas deputados.

Rotina na prisão
Em cela ao lado onde está o ex-ministro Antônio Palocci, Eduardo Cunha passou a maior parte de seu primeiro dia na prisão em reunião com advogados. Ele teve direito a 20 minutos de banho de sol, durante o qual não tinha permissão para se comunicar com outros presos. Ele e Palocci não podem trocar palavras. Outros presos, a maioria delatores de Cunha, tiveram de ser transferidos para outra ala da carceragem.

Cunha foi ao Instituto Médico Legal em Curitiba para exame de praxe. Na entrada, ele deu “bom dia” à imprensa e voltou a dizer que sua prisão é um “absurdo”. O ex-deputado pediu aos advogados uma cópia dos autos e ficou quieto estudando o texto enviado pelo Ministério Público para o juiz Sérgio Moro, na expectativa de encontrar brechas.

De acordo com os agentes federais, ele tem permanecido calmo, sem suar ou tremer. A família de Cunha não deverá visitá-lo nos em Curitiba nos próximos dias, por recomendação dos advogados. A esposa dele, Cláudia, também é investigado por ter se beneficiado de dinheiro público. 

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Postada  POR GOMES SILVEIRA

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