Renan Calheiros (PMDB-AL) deixará a presidência do Senado em fevereiro do próximo ano, mas permanecerá no epicentro do poder da Casa. Com o intuito de se blindar contra o aprofundamento dos processos que enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF), o peemedebista não
voltará à condição de um senador comum.
Ele pretende articular seus pares para indicar os aliados mais fiéis para a composição da Mesa Diretora e das principais comissões da Casa.
Sem a blindagem do cargo de presidente, Renan vai assumir a liderança do PMDB e confiar a seus aliados postos-chave. O enredo será semelhante ao seguido no início de 2015, quando foi reconduzido ao comando do Senado.
À época, ele bancou a montagem de Mesa leal que pôs o PSDB longe do poder e da divisão de cargos. O resultado de sua estratégia pôde ser visto neste mês - seu grupo endossou o desacato a liminar do ministro Marco Aurélio, do STF, que o afastava da presidência do Senado.
Renan chega a 2017, porém, com algumas desvantagens. Além de perder a prerrogativa de presidente do Congresso, o que lhe assegura decisões em favor próprio, passou de investigado a réu no Supremo, acusado por crime de peculato no caso de suposto pagamento de contas por uma empreiteira em um relacionamento extraconjugal. Além disso, Renan foi denunciado na Lava Jato e responde a 12 processos no STF.
Agora o PSDB ganhou espaço no governo Michel Temer - antes era oposição da presidente cassada Dilma Rousseff - e terão suas vagas na Mesa e em comissões. Renan, contudo, já costura a participação de tucanos de perfil mais conciliador.
Os aliados de Renan deverão assumir a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal órgão colegiado da Casa, além do Conselho de Ética, para onde são enviados processos de suspensão e cassação de mandatos. Hoje, os cargos são ocupados, respectivamente, por José Maranhão (PMDB-PB) e João Alberto Souza (PMDB-MA) - senadores próximos tanto de Renan quanto de José Sarney. A ideia é manter nas funções aliados seguidores de ordem.
Aparelhamento
Renan também trabalha para aparelhar cargos cruciais da estrutura do Senado e que não são ocupados por parlamentares, como a Advocacia-Geral do Senado, a Secretaria-Geral da Mesa e a Polícia Legislativa.
O advogado-geral é o responsável, por exemplo, pela elaboração de pareceres que o Senado envia ao Supremo. Atualmente, o cargo é ocupado por Alberto Cascais, chefe de gabinete de Renan.
Maior dificuldade estaria em pactuar indicações com Eunício Oliveira (PMDB-CE), principal candidato à presidência do Senado. De acordo com interlocutores, Eunício estaria disposto a abrir mão de indicações na Mesa para não criar disputas internas. (Estadão Conteúdo)
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POSTADA POR GOMES SILVEIRA
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