Apesar do desgaste político ocasionado pelo avanço das investigações da Operação Lava Jato, a base parlamentar do presidente Michel Temer (PMDB) conseguiu aprovar, em segundo turno no Senado Federal, a PEC do Teto dos gastos na manhã de ontem.
A aprovação já aguardada, porém, ocorreu com menor apoio em relação à votação do primeiro turno, realizada no dia 29 de novembro.
Foram 53 votos de apoio (16 contrários) ontem contra 61 no mês passado (14 contra). A grande maioria da redução do apoio ocorreu pela ausência de quem votou a favor da proposta no primeiro turno. Entre os senadores, Jarder Barbalho (PMDB-PA), Wilder Morais (PP-GO) e Fernando Collor (PTC-AL), entre outros.
Com nomes do núcleo duro do governo, inclusive do próprio Michel Temer, citado na delação do Cláudio Melo Filho, ex-executivo da empreiteira Odebrecht, o apoio às medidas encampadas pelo Palácio do Planalto podem ficar cada dia mais difíceis.
A avaliação é do cientista político do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec/MG), Adriano Gianturco. Ele acredita que novas matérias patrocinadas pelo governo, como a reforma da Previdência, por exemplo, deverão encontrar mais dificuldade de apoio explícito da base.
“É o momento mais difícil. Essas delações, escândalos de corrupção que se aproximam mais do centro do poder, fica mais difícil apoiar o governo. O custo para apoiar é maior”, ressalta.
Repercussão
Parlamentares da oposição avaliam que a força do governo foi abalada desde que a delação do ex-executivo da empreiteira foi divulgada. “Esse governo está derretendo, não tenho dúvida que essa pesquisa de hoje que mostra que 60% da população é contra a PEC foi muito importante porque isso unifica a gente. O peso está na mão da população brasileira”, disse a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Já o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ressalta que os “líderes do governo diziam que iriam colocar 65 votos, mas colocaram 53”. “Esse governo está fraco, vão ter dificuldade na reforma da Previdência”, prevê.
Aliado de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) minimizou a quantidade menor de votos e defendeu a medida. “Quando a oposição diz que vai ter diminuição de gastos na educação e saúde, ela está mentindo. Nós estamos trabalhando com responsabilidade”, afirmou.
A surpresa do dia ocorreu por um parlamentar que é simpático ao governo Temer. Ronaldo Caiado (DEM-GO) saiu em defesa de novas eleições para o comando do País.
“Ninguém governa sem apoio popular, e nessa hora nós não podemos ter medo da antecipação de um processo eleitoral. Ele deve ter a sensibilidade. A saída não é provocar as ruas, insistir numa tese que não vai sobreviver”, discursou à imprensa em entrevista coletiva. (com agências de notícias)
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POSTADA POR GOMES SILVEIRA
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