Há 40 anos a ONU estabelecia a data de 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Tratava-se de um marco não só de reconhecimento do longo itinerário de lutas das mulheres para ganharem visibilidade e protagonismo histórico e social, mas um referencial para novos avanços e conquistas em direção à equiparação plena de direitos com os homens.
A tentativa de manter a mulher num status inferior ao do homem tem sido um fenômeno persistente em todo o desenrolar da evolução histórica da sociedade humana, desde o surgimento do patriarcalismo. Ele atravessou todos os modos de produção social e de modelos institucionais de sociedade até os dias atuais.
A situação só começou a mudar, efetivamente, com a revolução dos costumes iniciada na década de 60 do século passado. Sobretudo, com o surgimento da pílula anticoncepcional. Foi nesse contexto em que as mulheres deixaram de ser unicamente “do lar” para disputar o mercado de trabalho, embora sofrendo a dupla jornada: a da profissão e a das tarefas domésticas. A reação do machismo viria no recrudescimento da violência doméstica (combatida, no Brasil, pela Lei Maria da Penha, de 2006). A outra violência se concretizaria na discriminação do sistema social e econômico contra a condição feminina, traduzida, inclusive, em salários diferentes para o mesmo tipo de trabalho (se feito por homem ou mulher). O fenômeno é global. Não é por outra razão que a ONU e o Parlamento Europeu escolheram esta data comemorativa para debater a situação desigual da mulher na ordem econômica.
No Brasil, houve avanços consideráveis de gênero, a partir da Constituição de 1988 e das políticas públicas dos dois últimos governos progressistas. Infelizmente, o impeachment de Dilma Rousseff provocaria um retrocesso, marcante, nessa área, a ponto de o novo governo formar um ministério sem nenhuma representante feminina. Houve uma tentativa de corrigir o erro, mas não basta. O Brasil tem de voltar a fazer justiça às mulheres recolocando-as no patamar político, social e cultural que haviam alcançado, para que possam continuar a moldar a sociedade brasileira, com sua inteligência, energia, criatividade, sensibilidade e delicadeza – tudo aquilo de que a Nação precisa neste momento.
COM INFORMAÇÕES DO O POVO
Há 40 anos a ONU estabelecia a data de 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Tratava-se de um marco não só de reconhecimento do longo itinerário de lutas das mulheres para ganharem visibilidade e protagonismo histórico e social, mas um referencial para novos avanços e conquistas em direção à equiparação plena de direitos com os homens.
A tentativa de manter a mulher num status inferior ao do homem tem sido um fenômeno persistente em todo o desenrolar da evolução histórica da sociedade humana, desde o surgimento do patriarcalismo. Ele atravessou todos os modos de produção social e de modelos institucionais de sociedade até os dias atuais.
A situação só começou a mudar, efetivamente, com a revolução dos costumes iniciada na década de 60 do século passado. Sobretudo, com o surgimento da pílula anticoncepcional. Foi nesse contexto em que as mulheres deixaram de ser unicamente “do lar” para disputar o mercado de trabalho, embora sofrendo a dupla jornada: a da profissão e a das tarefas domésticas. A reação do machismo viria no recrudescimento da violência doméstica (combatida, no Brasil, pela Lei Maria da Penha, de 2006). A outra violência se concretizaria na discriminação do sistema social e econômico contra a condição feminina, traduzida, inclusive, em salários diferentes para o mesmo tipo de trabalho (se feito por homem ou mulher). O fenômeno é global. Não é por outra razão que a ONU e o Parlamento Europeu escolheram esta data comemorativa para debater a situação desigual da mulher na ordem econômica.
No Brasil, houve avanços consideráveis de gênero, a partir da Constituição de 1988 e das políticas públicas dos dois últimos governos progressistas. Infelizmente, o impeachment de Dilma Rousseff provocaria um retrocesso, marcante, nessa área, a ponto de o novo governo formar um ministério sem nenhuma representante feminina. Houve uma tentativa de corrigir o erro, mas não basta. O Brasil tem de voltar a fazer justiça às mulheres recolocando-as no patamar político, social e cultural que haviam alcançado, para que possam continuar a moldar a sociedade brasileira, com sua inteligência, energia, criatividade, sensibilidade e delicadeza – tudo aquilo de que a Nação precisa neste momento.
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