
Segundo interlocutores do presidente Michel Temer, dependendo do resultado da reunião, o governo deve assumir uma posição mais realista e reconhecer que a reforma da Previdência ficará para 2018. Para suavizar o cenário, seria dada a mensagem que há um compromisso de que ela será pautada na Câmara em fevereiro.
De acordo com o Palácio do Planalto, o governo ainda não jogou a toalha e que continuará fazendo todo o esforço para vencer a resistência existente nos partidos da base e votar a reforma ainda este ano. Se deixar para 2018, disse uma fonte palaciana, as chances de a proposta passar são minimas, porque o cenário estará ainda mais dominado pelas eleições. O trabalho de convencimento vai até os dias 11 e 12 de dezembro.
Apesar dos esforços do governo, faltam votos para aprovar um tema que afeta a vida de muita gente, ainda que a proposta tenha sido desidratada pela retirada de trabalhadores rurais e idosos da baixa renda. Os políticos temem ficar com a pecha de que são contra os aposentados e perder as eleições em 2018. Além disso, o placar apertado de votações de matérias sensíveis na Câmara dos Deputados revela que a base aliada chegou à exaustão depois de ter barrado duas denúncias contra o presidente Michel Temer encaminhadas Procuradoria-Geral da República.
A depender de relatos de líderes governistas, o clima é de desânimo com a reforma. Só para se ter uma ideia, no partido do governo (o PMDB), dos 66 integrantes da bancada, só metade diz votar a favor da reforma; 12 são assumidamente contrários e o restante se declaram indecisos. Não há uma conta fechada sobre os votos de todos os partidos da base, mas com segurança, o governo teria hoje menos do que os 251 votos que obteve na votação da segunda denúncia, com viés de baixa.
O resultado da votação da medida provisória (MP) que prorroga o Repetro (regime especial de importação de bens no setor de petróleo), na noite de quarta-feira, com 208 votos favoráveis e 184 contrários, acendeu a luz vermelha no governo. Vários deputados da base faltaram e muitos votaram contra a matéria, que é importante para consolidar os leilões do setor de óleo e gás em 2018.
O placar ficou próximo de outra medida polêmica que deu foro privilegiado a Moreira Franco com criação do ministério da Secretaria-Geral da Presidência da República em setembro. Foram 203 favoráveis contra 198 contrários. Em média, o Executivo tem levado 251 votos na votação de temas relevantes na Câmara dos Deputados. Portanto, distante do que é necessário para aprovar uma emenda à Constituição, como é o caso da Previdência.
Ainda que haja compromisso de políticos que vão tentar aprovar a proposta em 2018, a promessa tem risco elevado de ser descumprida - pelo menos motivo de não ser aprovada agora: as eleições, quando os políticos pensam só no próprio umbigo e deixam de lado as preocupações com o país.
FONTE:MSN
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