Na véspera de convenções, Bolsonaro, Marina e Ciro seguem isolados

Líderes das pesquisas de intenção de voto nos cenários sem Lula (PT), os pré-candidatos Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e

Ciro Gomes (PDT) chegam à véspera do início do período de convenções partidárias isolados. À frente nas sondagens, o militar da reserva sofreu dois reveses nas últimas 24 horas: a negativa do PR de Valdemar Costa Neto, que rejeitou a vaga de vice oferecida na chapa do postulante — uma aliança do partido com Bolsonaro garantiria acréscimo de 45 segundos aos sete de que o presidenciável dispõe.

A segunda derrota do deputado federal foi a recusa do nanico PRP (quatro segundos de tempo na propaganda), que, a pretexto de não prejudicar arranjos eleitorais nos estados, vetou a participação do general Augusto Heleno para o mesmo posto. Sem vice, Bolsonaro deve ser oficializado candidato no próximo domingo, 22.

O divórcio com o PSL abre caminho para que o PR flerte abertamente com Ciro, que tenta eliminar resistências no “centrão” antes da convenção nacional do PDT. Marcado para amanhã, o evento lança oficialmente a candidatura do ex-governador do Ceará ao Planalto. Também sem vice definido, Ciro aguarda respostas de outras legendas.

O candidato do PDT trabalha em duas frentes de negociações simultâneas: uma voltada para o DEM, cujos dirigentes e lideranças se reúnem hoje novamente com o ex-secretário estadual Mauro Filho para chegar a um entendimento em torno de pontos controversos do programa econômico do presidenciável.

Noutro flanco, o ex-ministro avança sobre PSB e PCdoB. Dividida entre o apoio a Lula ou a Ciro, a legenda socialista tem encontro no dia 30 para definir um posicionamento nas eleições e depois submetê-lo à aprovação da convenção da sigla, prevista para 5 de agosto.

Já o PCdoB discute neste sábado três alternativas: manter a pré-candidatura da deputada estadual Manuela d’Ávila (RS) à Presidência; formalizar aliança com o PT, indicando um vice para a chapa; ou apoiar Ciro.

Segunda colocada nos levantamentos de intenção de voto quando o nome de Lula não é testado, Marina também tem dificuldades para costurar parcerias. A ex-ministra fez acenos mais explícitos ao Pros nessa quarta, mas a sigla ainda não bateu o martelo.

Desse pelotão de pré-candidatos ao Planalto, apenas Geraldo Alckmin (PSDB) moveu-se com sucesso. Ontem, o PTB aprovou coligação com o PSDB na campanha presidencial. O tucano, porém, escorrega nas pesquisas, chegando a 7% no último Datafolha (sem Lula), divulgado em junho.

A mesma sondagem mostra Bolsonaro com 19%, Marina com 15% e Ciro com 10%.

CIRO INVESTE NO PCdoB

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) esteve reunido com Flávio Dino na última quarta-feira, durante evento da pré-campanha à reeleição do deputado federal Weverton Rocha (PDT).

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POSTADO POR GOMES SILVEIRA
FONTE :O POVO