MOTOCEDRO EM QUIXADÁ

MOTOCEDRO EM QUIXADÁ
MOTOCEDRO EM QUIXADÁ -TELEFONE 88 3412 0066

segunda-feira, 17 de junho de 2019

POLITICA - Em 5 meses à frente do ministério, Moro não conseguiu superar divergências e briga por orçamento

No centro de uma crise que envolve troca de mensagens sobre a Lava Jato, o ministro da Justiça e ex-juiz, Sérgio Moro, se tornou alvo de críticas sobre a condução de políticas públicas no governo. Nos 5 meses à frente da pasta, o ministro
não conseguiu superar divergências internas e brigas por orçamento.
Moro contabiliza derrotas em casos marcantes, como o veto à nomeação da cientista política Ilona Szabó para o cargo de suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, a intransigência do presidente nos 3 decretos assinados em relação à flexibilização da posse de armas e o fracasso na articulação pela permanência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça. O Coaf foi transferido para a estrutura do Ministério da Fazenda
Os três episódios são emblemáticos e se tornam delicados quando somados às derrotas do ministro no Congresso. Moro viu suas principais propostas serem escanteadas por deputados e senadores. Nem mesmo os parlamentares com afinidade à agenda de combate à corrupção têm feito esforços para sustentar as propostas do ministro.
Além do Coaf, a falta de trânsito do ministro no Congresso ajudou a suspender a tramitação da Lei Anticrime, principal proposta do ministro. O pacote, carro-chefe do Ministério da Justiça — que atua contra a corrupção, o crime organizado e os crimes violentos — está paralisado.
Há um clima de antipatia em relação ao ministro no Parlamento, especialmente por uma crença de que a Lava Jato demonizou a política. Nas conversas atribuídas a Moro que vazaram, o então juiz fala em “limpar o Congresso”. 
Assim que os diálogos sobre a Lava Jato com o procurador Deltan Dallagnol foram publicados pelo site Intercept Brasil, líderes partidários, que já não viam o ministro com bons olhos, avaliaram a situação como uma pá de cal em todas as propostas que levam a assinatura de Moro no Congresso.
 

Projetos de destaques

A Lei Anticrime faz parte dos 3 destaques do Ministério da Justiça nos 100 dias do governo Bolsonaro. Duas das bases do texto, o excludente de ilicitude e a prisão em segunda instância, estão em xeque por parlamentares.
A despeito das conversas publicadas pelo Intercept, Moro mantém o apoio de Bolsonaro.
© ASSOCIATED PRESS A despeito das conversas publicadas pelo Intercept, Moro mantém o apoio de Bolsonaro.

Outra proposta listada com destaque é a flexibilização do acesso a armas, que não conta com apoio total do ministro.
Esse último caso mostra que, embora o ex-juiz ostente boa relação com o presidente, o primeiro freio vem exatamente do mandatário — a despeito de Bolsonaro ter dado carta branca a Moro no início do mandato.
Foi o ministro quem nomeou seus secretários e teve liberdade para apresentar suas propostas. No entanto, quando a autonomia do ministro bate no posicionamento do presidente, o diálogo é curto. Foi o que levou ao veto a Ilona Szabó, que é contrária a regras mais flexíveis para posse de armas no Brasil. 
Além disso, o andamento das políticas públicas no Ministério da Justiça esbarra na falta de dinheiro. O ministro admite que existe um problema fiscal e que isso tem impedido projetos de seguirem adiante, como melhoria no controle das fronteiras.
 

‘Divergências são naturais’

Em maio, o ministro, em tom de desabafo, reconheceu na Câmara dos Deputados que há divergências, mas as minimizou.
“Eu aceitei ingressar no ministério por causa da convergência do meu projeto — avançar contra a corrupção, o crime organizado e os crimes violentos — com o projeto do presidente Jair Bolsonaro. Mas, na formulação das políticas públicas, existe toda uma dinâmica de debates, discussões, convergências e divergências dentro do governo. Isso é absolutamente natural”, disse.
Em seguida, o ministro também admitiu dificuldade financeira para tirar propostas do papel. Disse que essa é uma de suas principais preocupações, mas que tem tentando articular. 
“Nós temos conversado intensamente. Ninguém mais do que o ministro quer ter recursos orçamentários suficientes para os projetos em sua pasta. Temos conversado fortemente sobre isso. Precisamos definir uma posição de governo para poder trazer a matéria ao Parlamento”, disse.
 

Avanços

Por outro lado, Moro tem destacado avanços na pasta. Cita como exemplo a recomposição da equipe da Polícia Federal que conduz a Lava Jato e a redução no índice de crimes violentos desde o início do ano.
Embora fragilizado com as acusações de interferência na Lava Jato, o ministro diz que “o ataque hacker” responsável por vazar as conversas não vai interferir em sua missão.
Falta de trânsito no Congresso se torna obstáculo para aprovar projetos fundamentais para Sérgio Moro.


Jornal Central Quixadá é o blog oficial do Radialista Gomes Silveira no Sertão Central do Ceará. Participe através do telefone e whats app (88) VIVO - 9 - 81318063 OU Telefone TIM  9-98602540 OU (88) CLARO 9 -92220514 Email : centralquixada@gmail.com

POSTADO POR GOMES SILVEIRA
FONTE - MSN

Nenhum comentário:

Postar um comentário