Em mais um trecho das conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil, Sergio Moro e Deltan Dallagnol estariam marcando
As conversas seriam de 2015, quando Moro ainda era juiz. "Quando seria um bom dia e hora para reunião com a PF, aí, sobre aquela questão das prioridades? Sua presença daria uma força moral nessa questão da priorização e evitaria parecerr [sic] que o MPF quer impor agenda", teria escrito Deltan. Sergio Moro respondeu que não teria tempo.
Em outubro do mesmo ano, Deltan sugeriu novamente o encontro: "Seria possível reunião no final de segunda para tratarmos de novas fases, inclusive capacidade operacional e data considerando recesso? Incluiria PF também". Moro respondeu que "seria oportuno".
Dois dias depois dessa confirmação, o então juiz dá informações sobre medida que tomou naquela semana. "Marcado então? Decretei nova prisão de tres [sic] do Odebrecht tentando não pisar em ovos. Receio alguma reação negativa do stf. Convem talvez vcs avisarem pgr [sic]".
Deltan também teria solicitado, em 2016, recursos da Justiça Federal para produção de um vídeo para a Campanha de "Dez medidas de Combate à Corrupção", bandeira defendida pela equipe da Lava Jato.
"Vc [sic] acha que seria possível a destinação de valores da Vara, daqueles mais antigos, se estiverem disponíveis, para um vídeo contra a corrupção, pelas 10 medidas, que será veiculado na globo [sic]? A produtora está cobrando apenas custos de terceiros, o que daria uns 38 mil. Se achar ruim em algum aspecto, há alternativas que estamos avaliando, como crowdfunding e cotização entre as pessoas envolvidas na campanha. Segue o roteiro e o orçamento, caso queria [sic] olhar. O roteiro sofrerá alguma alteração ainda. Avalie de modo absolutamente livre e se achar que pode de qq [sic] modo arranhar a imagem da LJ [sic] de alguma forma, nem nós queremos", escreveu ele.
O diálogo não confirma se os recursos solicitados foram ou não liberados para o vídeo.
Conforme informações da Folha de S. Paulo, a força-tarefa da Lava Jato no Paraná voltou a afirmar que "não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas a seus integrantes" que o material tem origem em crime cibernético.
Também foi indicado que nunca "houve qualquer tipo de direcionamento de recursos da 13ª Vara Federal para campanha publicitária ou qualquer ato relacionado", ao ser questionado sobre o vídeo das "Dez Medidas".
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POSTADO POR GOMES SILVEIRA
FONTE - O POVO
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