
Além disso, Bolsonaro também usou as redes sociais para enviar um recado ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente reproduziu trecho da lei 13.869 de 2019, tanto no Facebook como no Twitter, insinuando que o decano do Supremo teria praticado abuso de autoridade.“Art. 28 Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investiga ou acusado: pena – detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos”, mostrava a imagem postada pelo presidente.
Celso de Mello é o ministro que autorizou a divulgação de vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que Bolsonaro aparece, junto a outros ministros do governo, atacando as instituições e pedindo mudanças na “segurança” do Rio de Janeiro para não “foder” a sua família.
Logo após a postagem, Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada de helicóptero e foi à Praça dos Três Poderes, onde ocorreu mais uma manifestação de extrema-direita em defesa do seu governo, contra o Legislativo e o Judiciário e a favor do fim das medidas de restrição de circulação de pessoas como forma de conter a pandemia. Pelas regras baixadas pelo Distrito Federal, o presidente pode ser multado em até R$ 2.000.No ato fascista em apoio a Bolsonaro, foram vistos cartazes contra o Congresso, o STF (mencionando uma “ditadura do Supremo”) e a imprensa. Em manifestações com a presença de Bolsonaro, o próprio Planalto têm solicitado evitar materiais que peçam golpe contra as instituições democráticas.
Cercado de seguranças, o presidente estava acompanhado dos ministros Onyx Lorenzoni (Cidadania), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e os deputados federais Hélio Lopes (PSL-RJ), Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF), entre outros.
Ignorâncias
Após o ato deste domingo, Onyx afirmou que o vídeo da reunião ministerial é de um encontro fechado e não deveria ter sido divulgado. “A gente não tem medo da verdade, a gente carrega a verdade com a gente e o tempo vai mostrando que o presidente é absolutamente coerente com tudo aquilo que ele faz e acredita”, disse o aliado de Bolsonaro.
O ministro não considera, porém, que reunião ministerial não é evento “fechado”. Ao contrário, trata-se de absoluto interesse público – especialmente em momentos como a atual crise sanitária, que em momento algum foi tratada com a seriedade que se esperaria da cúpula do Executivo. Segundo observadores, ao publicar trecho da chamada Lei de Abuso de Autoridade nas redes sociais, Bolsonaro pode ter demonstrado dificuldade em interpretar a lei ou manobra intencionalmente o mal entendido para mobilizar seus apoiadores.Sobre mensagens do presidente que mostrariam que ele tentou interferir na Polícia Federal, Onyx nada explicou, limitando-se a dizer que “isso é caso superado”. Questionado por jornalistas sobre a aglomeração de pessoas na manifestação, o ministro respondeu de forma ríspida que o ato é espontâneo e que “o PT pagava para trazer manifestantes até o local”.
Em breve declaração durante o ato, o general Augusto Heleno falou, em relação à covid-19, que “nós vamos ganhar essa guerra”.
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POSTADA POR GOMES SILVEIRA
FONTE - REDE BRASIL ATUAL
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