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segunda-feira, 25 de maio de 2020

REAÇÕES - Após vídeo de reunião ministerial, Weintraub e Salles sentem cargos ameaçados

Pelas falas agressivas aos magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), proferidas na reunião ministerial de 22 de abril, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, poderá ser demitido nos próximos
dias pelo presidente Jair Bolsonaro, além de responder a um processo criminal por injúria. Na reunião – cuja gravação teve o sigilo quebrado na sexta-feira (21) e foi amplamente divulgada pelos meios de comunicação – Weintraub chamou os ministros do STF de “vagabundos” e disse que deveriam ser presos. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”, disse ele.
O ministro do STF Marco Aurélio Mello disse ontem (23) que ficou “perplexo” com a quantidade de palavrões, ameaças e ataques a instituições registradas no vídeo da reunião do primeiro escalão do governo. “Tudo lamentável, ante a falta de urbanidade. Fiquei perplexo. O povo não quer ‘circo’, quer saúde, emprego e educação. Fosse o presidente (da República), teria um gesto de temperança. Instaria o Ministro da Educação a ‘pedir o boné'”, disse Marco Aurélio à reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, sugerindo a Bolsonaro a demissão de Weintraub.
Já o ministro Celso de Mello, dacano do STF, viu possível crime de injúria nas declarações e xingamentos de Weintraub. Segundo afirmou ao portal G1, o ministro da Educação “põe em evidência, além do seu destacado grau de incivilidade e de inaceitável grosseria, que tal afirmação configuraria possível delito contra a honra”.
Celso de Mello determinou que todos os ministros do Supremo sejam oficiados para que, caso queiram, adotem as medidas cabíveis. “Constatei, casualmente, a ocorrência de aparente prática criminosa, que teria sido cometida pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, que, no curso da reunião ministerial realizada em 22/04/2020, no Palácio do Planalto, assim se pronunciou em relação aos ministros do Supremo Tribunal Federal”, escreveu.
Após a divulgação do vídeo, interlocutores do governo analisam como “delicada” a situação do ministro. Em entrevista ao canal de TV por assinatura Globonews, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu a demissão de Weintraub, ao ser questionado se demitiria o ministro caso fosse presidente da República: “Sim, demitiria”.
Bezerra revelou àquela TV ter comentado com Bolsonaro que achou o conteúdo das declarações de Weintraub o pior momento da reunião e totalmente inapropriado.
Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a substituição do ministro. No Planalto, aliados do presidente afirmam não haver dúvidas de que algum dos magistrados vai acionar Weintraub judicialmente, devido à gravidade das suas agressões à Suprema Corte.

Salles, o “infralegal”

Outro ministro que ganhou “destaque” por sua participação na reunião ministerial de 22 de abril foi Ricardo Salles, do Meio Ambiente, que defendeu que o governo deve “aproveitar a tranquilidade” – em meio à pandemia do coronavírus – para “ir passando a boiada e simplificando normas”, com o intuito de modificar a legislação ambiental.
Ele ressaltou, como mostra o vídeo, que é hora da edição de medidas de desregulamentação e simplificação, uma vez que a imprensa está, neste momento, concentrada no combate à covid-19. “Precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas.”
“A oportunidade que nós temos, que a imprensa está nos dando um pouco de alívio nos outros temas, é passar as reformas infralegais de desregulamentação, simplificação, todas as reformas que o mundo inteiro nessas viagens que se referiu o Onyx [Lorenzoni] certamente cobrou dele, cobrou do Paulo [Guedes]”, afirmou Salles na reunião.
Neste sábado, o titular do Ambiente tentou justificar sua falar e disse que o comentário era destinado a todos os ministros presentes no sentido de diminuir normas que criam “burocracia”, “retrabalho” e “ineficiência”.
Além de provocar grande repercussão negativa entre ambientalistas e entre governos de todo o mundo, corre no Brasil uma petição online que pretende a saída de Salles. “Para que se cumpra a condenação pela Terceira Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Por improbidade administrativa com suspensão de direitos políticos”, diz o documento (link abaixo).
O ministro foi condenado pela justiça de São Paulo por falsear dados ambientais em favorecimento a empresários – quando foi secretário do Meio Ambiente do então governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo os autores da petição, Salles prossegue sua prática anti-ambientalista, “além de, por desmobilizar a fiscalização do IBAMA ser condizente com o genocídio dos povos indígenas.”

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POSTADA POR GOMES SILVEIRA
FONTE - REDE BRASIL ATUAL

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