A situação da segurança pública do município de Quixadá tem preocupado não só os moradores da cidade, mas de toda a região do Sertão Central. A sensação de insegurança gerada pelos seguidos casos de homicídios amedronta pela quantidade e pela violência empregada em cada uma das ocorrências.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), até março deste ano, Quixadá contabilizou nove crimes violentos letais intencionais, os chamados CVLIs, que caracterizam os homicídios. Em abril, o município já conta com cinco casos, preliminarmente, que ainda serão registrados nas estatísticas da pasta.
A violência na Terra dos Monólitos surpreende a região, a partir do ponto de vista de que Quixeramobim, a segunda maior cidade do Sertão Central, com 82.177 habitantes, não registrou nenhum homicídio nos primeiros três meses de 2024. Enquanto Quixadá, com 84.168 habitantes, teve quatro assassinatos em janeiro, um em fevereiro e quatro em março.
Torna-se insustentável a situação de Quixadá, que deixou de ser um município tranquilo para, quase que diariamente, estar nas manchetes dos veículos de imprensa da região como a cidade mais violenta do Sertão Central. É preciso discutir e investigar o que está causando essa onda de crimes de violentos, chegar na origem do problema e, assim, traçar estratégias para resolvê-lo ou mitigá-lo, para que os assassinatos reduzam.
Para que esse cenário mude, é imprescindível uma colaboração entre município e Estado, em busca de tentar retornar à normalidade. Assim, o objetivo a ser alcançado deve ser amenizar a sensação de insegurança nos moradores da maior cidade do Sertão Central e nos municípios vizinhos, que temem pela escalada da violência na região.
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