Denúncias realizadas por artistas e parlamentares indicam que a intervenção que a prefeitura de Quixadá prometeu realizar no memorial Rachel de Queiroz, no Chalé da Pedra, foi fruto de uma manobra política que pode ser investigada pelo Ministério Público do Ceará, @mpdoceara. Segundo o relatado, a gestão do médico Ricardo Silveira (PSD) se aproveitou de recursos oriundos do governo Federal, destinado para artistas locais e alocados via edital para anunciar a "obra" depois de abandonar o Chalé por mais de três anos. A estrutura, inclusive, apresenta problemas no telhado, nas paredes e pintura.
As leis em questão, Paulo Gustavo e Aldir Blanc, foram aprovadas no Congresso a partir da pandemia de covid-19, para ajudar artistas. Já com o governo Lula, a legislação visa oferecer auxílio para pequenos artistas se manterem e realizarem suas apresentações. De acordo com as denúncias, a gestão insistiu para que alguns dos projetos selecionados pelo edital destinassem recursos para a obra no Chalé -a partir disso, a Câmara da cidade aprovou o uso do dinheiro, com votos da base do gestor. A principal discussão é que o dinheiro de ambas as leis não tem por finalidade reformar prédios públicos, logo estaria havendo um desvio que pode ser questionado pela justiça.
O MEMORIAL: O memorial Rachel de Queiroz fica no Chalé da Pedra, construção datada de 1920, que era de particulares e foi comprada pela prefeitura nas gestões de Ilário Marques e Dr. Mesquita; em 2003, na segunda gestão de Ilário, a praça da cultura e o Centro Cultural foram construídos; em 2010, o Memorial foi inaugurado pelo ex-prefeito Rômulo Carneiro. Desde 2021, porém, o lugar se encontra sem manutenção. A manobra da gestão garante uma intervenção de mais de R$ 100 mil. A falta de transparência do trabalho de Ricardo Silveira, porém, já desperta atenção dos quixadaenses e das autoridades.
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