Em vídeos que circulam nas redes sociais na manhã desta quinta, 4, as filas na Secretaria de Saúde de Quixadá tomam conta do prédio. Segundo relatado, a fila em questão é de cidadãos que buscam respostas na Central de Atendimento Farmacêutico, CAF. Sim, respostas, pois pelo menos desde dezembro de 2023, a CAF da gestão do médico Ricardo Silveira (PSD) não consegue atender a demanda de remédios da população que mais precisa.
Conforme explicado em áudio compartilhado junto aos vídeos, a extensa fila, que faz cidadãos aguardarem no calor desde o início da madrugada por atendimento, só existe pelo atraso da prefeitura em fornecer as medicações receitadas. Sob a tutela do alcaide Ricardo, a gestão parece ter "esquecido" de algo tão básico: comprar remédios para oferta pública da demanda dos pacientes do Sistema Único de Saúde, SUS, que não tem dinheiro para comprar em farmácias e drogarias.
Algumas pessoas da gestão culpam, desde o agravamento do problema, com a falta de medicamentos também nos postos de saúde, o governo do estado. De acordo com profissionais experientes em gestão pública, a prefeitura pode entregar uma lista de interesse ao governo estadual, que compra a cesta de medicações e distribui conforme pedido, porém nem sempre a lista é comprada por completo -por essa razão as prefeituras tem autonomia e autoridade para comprar, em licitações específicas, os remédios faltosos. Quixadá não realizou nenhuma licitação do tipo, por isso o problema aumentou.
O problema em relação a falta de medicamentos tem se agravado. Em matéria já publicada por nossa redação, segundo relatório publicado pela própria prefeitura, com atualização datada do último dia 7 de junho, a gestão passou a ter um número maior de medicamentos em falta do que aqueles disponíveis. No informado na lista de controle, haviam no dia cerca de 26 diferentes medicamentos disponíveis para os usuários da saúde municipal por meio da CAF. Entre eles, medicamentos controlados, não controlados e colírios; enquanto na lista de remédios que faltavam, haviam inacreditáveis 37 tipos em falta.
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