A crise interna no PDT se intensificou após o ex-ministro Ciro Gomes manifestar-se contra o apoio ao candidato petista Evandro Leitão no segundo turno das eleições em Fortaleza. O conflito, no entanto, já estava presente dentro do partido antes dessa declaração pública, especialmente devido a divergências em torno da relação com o PT.
Um dos principais pontos de tensão é o distanciamento entre Ciro e seu irmão, o senador Cid Gomes (PSB-CE). A cisão entre os dois irmãos tornou-se um obstáculo para a formação de uma federação entre o PSB e o PDT, comprometendo possíveis alianças políticas para o futuro.
Além do impasse familiar, a postura de Ciro contra o PT tem gerado resistência dentro do próprio PDT. Membros da bancada federal, da executiva e das bases sindicais do partido criticam a estratégia “anti-PT” adotada pelo ex-ministro, preferindo uma aliança com o partido de Luiz Inácio Lula da Silva, que tem o PDT em sua base de apoio no governo.
Petistas ouvidos pela CNN destacam que a intenção do PT é contar com o PDT em uma coligação para as eleições presidenciais de 2026, o que torna as críticas de Ciro ainda mais problemáticas para os planos de ambas as legendas.
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