Os cientistas nucleares do Boletim dos Cientistas Atômicos ajustaram nesta terça-feira (28) o "Relógio do Juízo Final", que passou a aparecer a 89 segundos da meia-noite, o menor tempo já registrado na história dessas marcações. Eles apontaram que as ameaças nucleares da Rússia na invasão ucraniana, além de fatores como mudanças climáticas e inteligência artificial, são riscos para uma catástrofe.
O Boletim é uma organização sem fins lucrativos criada para monitorar ameaças à sobrevivência e ao desenvolvimento da humanidade como armas, mudanças climáticas e avanços tecnológicos.
"Os fatores que influenciaram a decisão deste ano – risco nuclear, mudanças climáticas, possíveis usos indevidos da ciência biológica e novas tecnologias como a inteligência artificial – não são novidades. No entanto, vimos poucos avanços para enfrentar esses desafios, e, em muitos casos, a situação está piorando", disse Daniel Holz, presidente do Conselho de Ciência e Segurança do Boletim, durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira.
Nos dois últimos anos, o relógio marcou 90 segundos. "O ajuste para 89 segundos antes da meia-noite é um alerta claro para os líderes mundiais", pontuou Holz.
Relógio do Juízo Final
O relógio não é de fato um objeto, mas sim uma metáfora para dizer o quão próxima à humanidade está da "autoaniquilação". Quanto mais próximo o ponteiro estiver da meia-noite, o mundo fica mais perto do fim.
A iniciativa foi criada em 1947, na época da Segunda Guerra Mundial, quando faltavam sete minutos para meia-noite. O relógio chegou a ficar mais longe, a 17 minutos, após o fim da Guerra Fria, em 1991.
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