A defesa do general Braga Netto solicitou nesta terça-feira (25) mais tempo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para responder à denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre o inquérito da tentativa de golpe. O militar é um dos 34 denunciados pela PGR, em lista que conta com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e seria um dos principais envolvidos nos planos que culminaram no 8 de janeiro.
O advogado José Luiz de Oliveira pediu 30 dias para se manifestar nos autos, o que é o dobro do prazo inicial dado pelo ministro Alexandre de Moraes, de 15 dias. Conforme a defesa, o material a ser analisado tem cerca de 70 gigabytes e 1.400 arquivos.
Ainda segundo o advogado de Braga Netto, ele não teve acesso à íntegra da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. A defesa também informou que deseja apresentar sua manifestação após a defesa de Cid.
"Constata-se que esta defesa não tem acesso efetivo à integralidade dos elementos da colaboração premiada de Mauro Cid, inviabilizando a análise das provas referidas na denúncia para apresentação da resposta escrita", afirmou Oliveira.
Prisão de Braga Netto
Em dezembro do ano passado, Braga Netto chegou a ser preso por determinação Alexandre de Moraes, relator do inquérito da tentativa de golpe. De acordo com as investigações da Polícia Federal (PF), o general da reserva e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022 estaria obstruindo a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
A PF identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid. Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.
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