O jovem Marcone Tavares de Luna Filho, de 18 anos, filho do prefeito de Aurora, teve a prisão preventiva revogada pela Justiça do Ceará nesta terça-feira (24). Ele havia sido preso por atropelar o idoso Francisco Careiro de Araújo, de 74 anos, conhecido como “Chico de Matias”, em maio deste ano. O impacto da colisão foi tão forte que o corpo da vítima ficou semi decapitado.
Em nota enviada ao Diário do Nordeste, a defesa de Marcone Filho informou que o jovem foi solto e deve cumprir as medidas cautelares estabelecidas pelo Poder Judiciário.
"Marcone se compromete a cumprir integralmente todas as condições impostas, comparecer sempre que intimado e manter o respeito às instituições, colocando-se à disposição tanto do Magistrado quanto do Ministério Público para quaisquer esclarecimentos ou atos processuais necessários", diz a nota.
A defesa afirma ainda que recebeu a decisão como "um gesto de equilíbrio e confiança na jurisdição, reafirmando nosso compromisso de colaborar com o regular andamento do processo".
O jovem é filho do prefeito de Aurora, Marcone Tavares, e já havia sido indiciado por homicídio doloso qualificado por dirigir embriagado, em alta velocidade e feito manobras de risco. À época, ele foi localizado e capturado em um condomínio em Juazeiro do Norte.
Relembre o caso
Marcone Tavares de Luna Filho é acusado de atropelar Chico Matias na manhã do dia 4 de maio. Naquele dia, Francisco fazia sua caminhada matinal de rotina do outro lado da linha de bordo obrigatória da rodovia estadual CE-153 quando foi atropelado pelas costas por um veículo que, segundo testemunhas, trafegava em “zigue-zague" pela pista.
"Falaram que ele [a vítima] foi arremessado mais de 100 metros", contou ao Diário do Nordeste, à época, o filho de Francisco, o fotógrafo Jucivan Moreira, 27. O impacto da colisão foi tão forte que o corpo do homem ficou semi decapitado.

Essa violência foi comprovada pelo laudo cadavérico, que apontou quadro "compatível com semi decapitação e atropelamento ou projeção com arrasto por mecanismo de trauma violento e brutal, com alta energia cinética envolvida". As informações constam no inquérito sobre o caso.
Investigadores constataram que o rapaz ingeriu bebida alcoólica em praça pública e, depois, na casa de outro amigo. Diferentes testemunhas asseguraram que ele estava visivelmente embriagado.
Além disso, a perícia averiguou que o motorista estava em alta velocidade e que fez manobras arriscadas na pista, o que, somado à embriaguez, "demonstra que o investigado assumiu o risco de produzir o evento morte".
Outro fato que pesou contra o filho do prefeito de Aurora é que ele fugiu do local sem prestar socorro à vítima, no intuito de evitar uma prisão em flagrante.
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