Em relatório final enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal encontrou, no celular de Jair Bolsonaro, uma minuta com pedido de asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei. Arquivo de texto foi salvo no celular dois dias depois de Bolsonaro ter sido alvo de operação da polícia.
“De início, devo dizer que sou, em meu país de origem, perseguido por motivos e por delitos essencialmente políticos. No âmbito de tal perseguição, recentemente, fui alvo de diversas medidas cautelares", diz o texto, que remete a uma suposta alegação de perseguição política no Brasil contra ele.
Veja o documento

O documento, de 33 páginas, consta no indiciamento por parte da PF contra o ex-presidente, pelos crimes de coação no curso do processo e abolição violenta ao Estado Democrático de Direito. Segundo os agentes, tanto Bolsonaro como o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, têm atuado contra integrantes do STF em razão do julgamento sobre a trama golpista.
"Embora se trate de um único documento em formato editável, sem data e assinatura, seu teor revela que o réu, desde a deflagração da operação Tempus Veritatis [que apura tentativa de golpe de Estado], planejou atos para fugir do país, com o objetivo de impedir a aplicação de lei penal", diz a PF no relatório.
Braga Netto descumpriu proibição de contato com Bolsonaro
Também segundo a PF, o general Braga Netto descumpriu proibição de contato com Bolsonaro, pois os agentes também encontraram uma mensagem do seu ex-candidato a vice, avisando que estava com um número novo um dia após operação policial, em fevereiro de 2024.

Braga Netto disse a Bolsonaro que o novo contato era "para qualquer emergência". "Estou com este número pré pago para qualquer emergência. Não tem zap. Somente facetime. Abs Braga Netto", escreveu o ex-ministro.
"Os elementos probatórios corroboram, portanto, a hipótese de que os réus JAIR BOLSONARO e WALTER SOUZA BRAGA NETTO descumpriram as medidas cautelares de proibição de manter contato durante a investigação", diz a PF, em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira.
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