Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho, sobrinho de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do Primeiro Comando Capital (PCC), acusado de chefiar o jogo do bicho no Ceará, foi absolvido e solto pela Justiça cearense no último dia 27 de agosto. Segundo os autos, não havia provas seguras contra ele e outros oito réus, que também foram soltos. Ele estava detido em um presídio de Segurança Máxima em Aquiraz, na Grande Fortaleza, desde junho de 2024.
O sobrinho de Marcola foi preso em abril de 2024, em uma operação da Polícia Federal (PF) em Itajaí, Santa Catarina. De longe, ele comandaria os negócios ligados ao jogo do bicho e tráfico de drogas e armas no Ceará. A organização criminosa, que ainda tinha apoio de policiais militares, movimentou mais de R$ 300 milhões no Ceará.
Leonardo é filho de Alejandro Juvenal Herbas Camacho Junior, o Marcolinha, e enteado de Francisca Alves da Silva, a cunhada de Marcola, que está presa por suspeita de lavar dinheiro do PCC via jogo do bicho.
A decisão de absolvição e soltura, proferida pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza, classificou as evidências contra o sobrinho do número 1 do PCC e e os outros acusados como "genéricas".
"A mera atuação dos acusados junto à mencionada empresa, ainda que questionável, não constitui, por si só, elemento suficiente para configurar o envolvimento com organização criminosa, sobretudo da gravidade e complexidade que envolve o PCC. Assim, a prova apresentada revela-se frágil e insuficiente para sustentar, de forma segura, qualquer imputação nesse sentido", diz a sentença.
Circular do CV motivou investigação
De acordo com a peça acusatória, Leonardo e o grupo criminoso estavam envolvidos com apostas clandestinas por meio da Loteria Fort, estabelecimento este que, segundo a Justiça do Ceará, tinha autorização para funcionar, fato que auxiliou na absolvição. Eles começaram a ser investigados após uma circular do Comando Vermelho (CV), facção rival ao PCC.
O documento determinava que em áreas do CV era proibido ter estabelecimentos ligados a Loteria Fort e também a Fourbets e 88 Bets. Conforme as provas apresentadas, o grupo prestaria serviços em prol do PCC dentro da loteria, mas isso não ficou "cabalmente esclarecido".
Além do sobrinho de Marcola, foram absolvidos:
- Francisco Julienio Lima Vasconcelos
- Matheus Victor Saboia Moreira
- Marcelo Anderson Alves da Silva
- Renato Ramos
- Paulo Monteiro da Silva (estava em prisão domiciliar)
- Cintia Chaves Gonçalves
- Maria Aldênia de Lima
- Geomá Pereira de Almeida.
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