 Desafiada pela base aliada, a presidente Dilma Rousseff pediu socorro
 ao  vice, Michel Temer (PMDB), sob o impacto da derrota política 
pessoal  sofrida na véspera, quando o Senado rejeitou sua indicação para
 a  direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Desafiada pela base aliada, a presidente Dilma Rousseff pediu socorro
 ao  vice, Michel Temer (PMDB), sob o impacto da derrota política 
pessoal  sofrida na véspera, quando o Senado rejeitou sua indicação para
 a  direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
No curto 
prazo, a  rebelião terá pelo menos mais um efeito colateral: a votação 
do Código  Florestal, que estava prevista para ser realizada na semana 
que vem,  está adiada, e não ocorrerá mais no mês de março. O governo 
está  convencido de que se a votação fosse realizada na semana que vem, o
  texto apoiado pelo Planalto seria derrotado.
Decidida a  
distensionar o ambiente político, a presidente conduziu com  
tranquilidade a conversa com Temer e deu uma prova concreta de que  
deseja aprimorar a relação política com os aliados. "Respeito a decisão 
 do Senado e é preciso retomar o diálogo com o Congresso", disse Dilma 
ao  vice.
Fracasso
Sem alternativa  diante 
do fracasso do esquema de articulação política do Planalto, a  saída de 
recorrer ao vice da República e presidente licenciado do PMDB  foi um 
reconhecimento de que sem o apoio do maior partido da base o  governo 
não terá sossego no Congresso. Dilma fez questão de registrar o  
compromisso com Temer na agenda presidencial para enviar aos aliados o  
recado público de que o objetivo do governo é dialogar, e não retaliar..
"Não
  é hora de buscar culpados. Perdemos uma batalha, mas ela tem algo a 
nos  ensinar para vencermos as próximas", disse o líder do PMDB no 
Senado,  Renan Calheiros (AL), destacando que os 36 votos contrários ao 
governo  foram a prova de que a divisão do PMDB se estendeu a outras 
bancadas.  "Todos os integrantes da aliança precisam refletir melhor 
sobre a  votação. Uma aliança tem que ser alicerçada a cada dia." 
Segundo  Calheiros, a queixa mais generalizada é a falta de 
interlocução. "Não há  uma reclamação concreta, de pedido de cargo por 
exemplo. É uma coisa  mais genérica."
Os peemedebistas se queixam 
que Dilma  privilegia o PT. Lembram que nem só de verbas vivem os 
políticos, mas  também de acenos. Citam como exemplos de gestos 
importantes uma simples  informação da liberação de um projeto para a 
base eleitoral de um  político, ou descer do avião junto com a 
presidente no respectivo  Estado.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Povo
 
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