Tanto a Capital, quanto o município do Eusébio terão cães usando o item para tentar evitar o inseto transmissor
Começou ontem em Fortaleza e segue até hoje no município do Eusébio uma ação do Ministério da Saúde que promete reduzir os casos de calazar humano e canino em todo o Brasil. O projeto-piloto do Programa Federal de Controle da Leishmaniose Visceral (calazar) vai implantar em cães das duas cidades coleiras com o objetivo de repelir os insetos transmissores da doença.
Com essa iniciativa, o Ministério da Saúde pretende reduzir a incidência da doença em animais e, consequentemente, impedir a proliferação do calazar entre a população.
As cidades foram escolhidas com base na gravidade da disseminação da leishmaniose entre humanos. De acordo com um levantamento do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o município de Eusébio registrou um caso de calazar humano, porém cerca de 2,55% dos cães examinados estavam infectados.
Já os dados da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) mostram que, neste ano, foram confirmados 161 casos de calazar em todo o Estado, sendo 49 deles somente em Fortaleza. Ao total, houve registros de 16 óbitos causados pela doença.
Mortes
Segundo o coordenador do Programa de Controle do Calazar do CCZ, Sérgio Franco, o número de mortes causadas pela leishmaniose no Ceará ainda é alto, fato que preocupa as autoridades. "O número de óbitos é muito elevado para essa quantidade de casos. E, em Fortaleza, esses casos estão distribuídos em toda a cidade", enfatiza.
O projeto fará um estudo, por dois anos e meio, para concluir se ação é eficaz. Durante esse período, cerca de dez mil cães serão encoleirados em Fortaleza, nos bairros Bom Jardim e Messejana, e 2.500 no Eusébio, em oito bairros.
A cidade de Canindé já implantou as coleiras, no início mês, e Maracanaú será a próxima da lista. Ao todo, 12 municípios em sete estados brasileiros farão parte do projeto.
O encoleiramento será realizado de casa em casa. A equipe fará monitoramento nas áreas que não serão contempladas pelo projeto. Os animais de rua, no entanto, não estão incluídos.
Segundo Adriana Bezerra, coordenadora do projeto no Eusébio, a coleira já foi testada em outros países e demonstrou grande eficácia. Conforme ela, a ação do diminui os custos públicos para o controle do calazar.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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