Assunto mais badalado no retorno do segundo semestre deste ano na Câmara Municipal a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Bolsa Família parece ter ficado mesmo de fora dos planos da Casa. Alguns vereadores que levaram a discussão para o Legislativo de Fortaleza, no entanto, estão apenas aguardando passar o momento eleitoral para cobrar da presidência da Mesa Diretora empenho na formação do colegiado.
No início do mês passado, o presidente da Câmara, vereador Acrísio Sena (PT), chegou a publicar no Diário Oficial do Município (DOM), três pedidos de comissões inquéritos solicitados em 2011, mas até o momento, nenhum delas teve início. Dois dos três vereadores que propuseram a investigação, inclusive, não poderão dar prosseguimento aos trabalhos das CPIs, pois não retornarão na próxima legislatura para a Câmara.
Marcus Teixeira (PMDB) queria investigar os chamados "táxis clandestinos", mas desde maio do ano passado espera para a instalação da CPI, que pelo que comentam seus pares, não será realizada. Ele não se reelegeu. O mesmo deve acontecer com a comissão proposta por Marcílio Gomes (PSL) para averiguar os casos de ocupação irregular do espaço público, pois este não tentou reeleição. Já Leonelzinho Alencar (PTdoB), que pretende investigar o "comércio" de crack na Capital tem envolvimento indireto com outro pedido de CPI, por isso, alguns acham estranho ele estar à frente de uma delas.
Marcílio Gomes, disse que no final do ano está deixando os trabalhos na Câmara Municipal, por isso até o final do ano, não dará prosseguimento para a CPI que solicitou em maio do ano passado, que investigaria os casos de ocupação irregular na cidade. "Eu estou saindo até o final desse período e em novembro a gente volta, mas até lá a CPI vai ´morrer´, acabou", disse o parlamentar, ressaltando que sempre apoiou a instalação da CPI do Bolsa Família.
Polícia Federal
"Isso deve ser apurado, pois tem muita coisa que está errada. É preciso fazer uma chamada, pois tem muita gente que está com o cartão de outras pessoas que fizeram inscrições para outros fins. Eu imagino que esteja acontecendo isso, pelas evidências que já temos. Não sei se a Câmara é o local certo para isso, mas a Polícia Federal deveria investigar", ressaltou.
Durante os embates no segundo semestre, o vereador Elpídio Nogueira, líder do PSB na Casa, chegou a dizer que tinha provas de que estava havendo malversação nos repasses do benefício e que iria apresentar esse documento em uma das plenárias. No entanto, passado o calor das discussões o socialista não levou para frente a sua denúncia.
Ele, no entanto, disse lamentar como todo o processo de escolha das CPIs foi realizado pelo presidente da Mesa Diretora, Acrísio Sena, pois segundo disse, a legislação dos inquéritos em todo o País, estabelece que quando passa de um ano para o outro, a CPI perde validade, extingue-se automaticamente.
Segundo ele, através das denúncias que já foram apresentadas, é possível que o benefício esteja sendo mal utilizado em Fortaleza. "É provável que o Bolsa Família tenha várias irregularidades, por isso no retorno dos trabalhos vou exigir que ela seja instalada", ressaltou o socialista.
Pedido
A suplente de vereador, Toinha Rocha (PSOL), junto com o membro da bancada de oposição na Câmara, Ciro Albuquerque (PTC), foram os responsáveis pelo pedido de instalação da CPI do Bolsa Família, depois que foi confirmado que a esposa do vereador Leonelzinho Alencar (PTdoB) recebeu por quase um ano o benefício do Governo Federal, mesmo quando ele era parlamentar de Fortaleza. Daí, outras denúncias surgiram, o que culminou na instalação do inquérito, e rápida decisão posterior para a sua desinstalação.
Existe um recurso impetrado pela parlamentar, que João Alfredo (PSOL) deverá dar prosseguimento, justamente, questionando a decisão do Departamento Legislativo, que deu parecer para a publicação de outras CPIs que já estavam na "fila" para serem instaladas. O parecer jurídico, prometido para esse mês, ainda não tem data para, realmente, ser apresentado.
Acrísio Sena, por outro lado, disse que todos os esforços dos vereadores serão direcionados apenas para a questão do segundo turno das eleições em Fortaleza e só a partir de novembro é que irá se debruçar, novamente, sobre esse assunto. "Vamos nos voltar para o que é decisivo para a cidade, que é o segundo turno dia 28 de outubro. Somente depois veremos isso", salientou.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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