No PT - Mensalão só será tema após dia 28

São Paulo. A Executiva Nacional do PT discutirá o mensalão, mas só depois das eleições, disse ontem o secretário nacional de Organização do partido, Paulo Frateschi. O assunto tem entrado em pauta nas reuniões do partido, mas a tomada de posições vem sendo adiada.

O julgamento da Ação Penal 470 vai ser pauta da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores depois do segundo turno

Há um consenso de que é melhor aguardar o fim do julgamento, que pode coincidir com o segundo turno das eleições, para se debruçar sobre o tema. "A executiva vai discutir isso (mensalão), aliás, gostaríamos de já ter conversado, mas ainda não foi possível", disse.

Sem enquadramento
De acordo com Frateschi, não existe clima para enquadramento partidário dos petistas julgados e condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente nacional da legenda, José Genoino, e o ex-tesoureiro Delúbio Soares.

O que pode ocorrer é um pedido para que se mantenham, por ora, afastados da linha de frente na política e na sigla. Frateschi vê o PT como o partido que deu a volta por cima nas eleições municipais. "Antes, os adversários diziam que nossas chances se resumiam a Rio Branco (AC). Hoje, estamos competindo com boas chances em cinco capitais, com grande possibilidade de vitória em São Paulo".

Frateschi vê o PSDB como o partido que mais encolheu até agora. "Tudo o que falavam que ia acontecer com a gente, aconteceu com eles". Segundo o petista, em São Paulo, os tucanos correm o risco de perder cidades em que tiveram longa hegemonia, como Sorocaba e Taubaté. Ele destacou o esforço que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz para ajudar os candidatos petistas Brasil afora.

Lula e a presidente Dilma Rousseff vão hoje a Campinas (SP) em apoio ao petista Márcio Pochmann, que disputa o segundo turno com Jonas Donizete, do PSB. "Lula e Dilma tinham de ir lá, pois o PT foi provocado. O outro candidato levou o Aécio (Aécio Neves, do PSDB), o Alckmin (governador tucano Geraldo Alckmin) e o Eduardo Campos (governador de Pernambuco) e diz que tem o apoio da presidente Dilma". Na próxima semana, Lula vem a Fortaleza (CE), João Pessoa (PB) e Salvador BA) e vai também a Cuiabá.

 

 

 

Postada:Gomes Silveira

Fonte:Diário do Nordeste

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