Promotores e delegados apresentam detalhes da Operação Tolerância Zero deflagrada em Quixeramobim e Fortaleza FOTO: Kiko Silva
Foi pedido a cassação do
vereador Everardo André de Sousa Júnior e do presidente da Câmara Clébio
Ferreira da Silva. Os outros parlamentares com pedidos de cassação são
os vereadores considerados “fantasmas”, Ana Edna Leite Leitão, Claudianne Borges Saldanha e Francisco Idelbrando Rocha.
Em coletiva nesta tarde, o
promotor de Justiça Marcelo Pires explicou que esta é a segunda vez que
o órgão provoca os vereadores do município a decidirem pelo impeachment de Cirilo Pimenta. “Está
demonstrado agora com ligações pessoais do prefeito, provas do
envolvimento direto dele, seja pelos seus filhos ou pelo envolvimento
nas cobranças do Saneamento de Água e Esgoto (SAE). O Ministério
Público, mais uma vez, provocou a esfera competente. O julgamento é
político e os vereadores é que vão ter que dar essa resposta à
sociedade”.
De acordo com o MP, novas
evidências de irregularidades na gestão de Cirilo estão sendo
descobertas a partir da operação desta quarta-feira. "As buscas e
apreensões trouxeram novos elementos que a corrupção não tem fim. O
Ministério Público não vai retroceder", afirmou o promotor titular de
Quixeramobim Igor Pinheiro.
Para o promotor, o grupo
insiste em praticar crimes por achar que não terá punição. "O Ministério
Público entende que Cirilo Pimenta é o chefe administrativo e político
dessa quadrilha voltada para saquear o município de
Quixeramobim", declarou.
Filhos e genro do prefeito envolvidos nas irregularidades
A participação dos filhos e genro do prefeito também foi detectada entre as irregularidades na administração de Cirilo.
O MP-CE destacou o desvio de verbas públicas através das contratações
temporárias de Antônio Manoel Siqueira Pimenta e Mariana Siqueira
Pimenta Cruz, filhos do prefeito Cirilo Pimenta. Segundo o órgão, um
deles recebia R$ 22 mil, quase o dobro do teto do funcionalismo público
municipal.
Já genro de Cirilo,
Reimilson Cruz, também foi denunciado por constar na folha de pagamento
da prefeitura durante o ano de 2012 e janeiro de 2013, conforme teria
sido informado ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
As investigações
descobriram ainda a realização de reuniões clandestinas para tratar do
julgamento do impeachment de Cirilo Pimenta no período em que ele foi
afastado do cargo de prefeito.
Prefeito nega denúncias de corrupção na gestão municipal
O prefeito do município de Quixeramobim, Cirilo Pimenta (PSD), negou,
nesta quarta-feira (30), as denúncias do Ministério Público do Estado
do Ceará (MP-CE) que investiga atos de corrupção da gestão municipal. De
acordo com o prefeito, a investigação do MP não tem procedência e irá
renunciar caso seja provado algo. "A forma como essas denúncias foram
colocadas são falsas. Se ele [promotor] provar eu renúncio. Eu também
espero que ele renuncie se não provar isso", declarou.
O prefeito afirmou que
seus filhos, genro e irmã estão sendo acusados injustamente. "Meu genro é
concursado. Ele trabalhou durante o ano de 2012 e eu ainda não era
prefeito. Em janeiro ele tirou férias e recebeu o mês de salário, o que é
direito dele. Após as férias ele parou de trabalhar, mas também de
receber".
Três operações contra a corrupção foram realizadas em Quixeramobim em 2013
Este ano já foram três
operações contra corrupção realizadas no município. Em março, o MP do
Ceará, em parceria com a Polícia Civil, comandou uma operação, a
“Quixeramobim Limpo”, que cumpriu 20 mandados de busca e apreensão. Em
março, a Polícia Federal cumpriu mandados judiciais de busca e
apreensão, expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal em Fortaleza.
Em abril, a operação “Quixeramobim Limpo II”, cumpriu 30 mandatos de busca e apreensão.
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Postada:Gomes Silveira
Edição:Ingrid Lima
Fonte:DN
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