Unidade
de saúde opera com apenas 50% da capacidade de atendimento, mais de um
ano após ser inaugurado. Percentual só deve aumentar
depois que a
Prefeitura concluir o planejamento do novo modelo de gestão do hospital
A
unidade de saúde estadual foi um dos hospitais que recebeu pacientes do
“piscinão” do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), na última semana.
De
acordo com o diretor executivo do Hospital da Mulher, Dr. Rogério
Menezes, a ala foi cedida pela unidade de saúde devido às obras que
estão ocorrendo no HGWA. Os pacientes foram transferidos no início do
mês de dezembro e devem ocupar a área por cerca de 90 dias, prazo
correspondente ao de duração dos trabalhos no hospital estadual. O
diretor informou que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) enviou uma
solicitação para que ocorresse o procedimento, e que ele foi aceito para
não prejudicar os pacientes, já que estes são da lista de espera para
cirurgias.
Segundo Rogério, o espaço que está sendo ocupado pelo
HGWA é uma área que não estava sendo utilizada. “Essa parte estava
vazia, até a entrada dos pacientes é pela lateral”.
Ainda de
acordo com o gestor, esses atendimentos do Hospital Geral Waldemar de
Alcântara realizados no Hospital da Mulher são de responsabilidade do
próprio Estado, assim como todo o material utilizado, e mão-de-obra. “O
Hospital da Mulher não responde por esses pacientes, e sim o Waldemar de
Alcântara. Nós apenas cedemos o espaço, toda a equipe é deles,
equipamento, inclusive o prontuário”, disse Rogério Menezes. O acordo
para a transferência foi uma parceria entre a Secretaria da Saúde do
Estado e a Secretaria Municipal de Saúde.
Estado e a Secretaria Municipal de Saúde.
Na
noite de ontem, o Diário do Nordeste esteve na unidade de saúde,
localizada no bairro Jóquei Clube, no entanto, a reportagem não foi
autorizada a entrar. Enquanto esteve no local, a equipe verificou que
uma ambulância vinda do Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara entrou
nas dependências do hospital com material.
Capacidade
Inaugurado
no segundo semestre de 2012, o Hospital da Mulher teve custo total de
mais de R$ 88 milhões e segue funcionando com apenas 50% da capacidade
de atendimento prevista. De acordo com Rogério Menezes, foi feita a
opção de manter esse percentual, pois ainda está sendo efetuado o
planejamento do modelo de gestão para a unidade de saúde. Esse processo
deve ser finalizado somente no ano que vem.
Em nota, a Secretaria
da Saúde do Estado informou que o Waldemar de Alcântara acaba de ser
ampliado em mais 24 leitos para reforçar os leitos de retaguarda do HGF,
e que mais 36 estão sendo construídos. As obras devem ficar prontas no
início do ano que vem, segundo garantiu a Sesa.
A Secretaria
informou ainda que, para garantir assistência aos pacientes, fez
parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para melhorar a regulação
de leitos, qualificando a gestão e ampliando o número deles nos
hospitais.
Na última quinta-feira (12), o “piscinão”, ala improvisada no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) que chegou a abrigar mais de 300 macas, foi extinto e deu lugar a uma enfermaria.
Na última quinta-feira (12), o “piscinão”, ala improvisada no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) que chegou a abrigar mais de 300 macas, foi extinto e deu lugar a uma enfermaria.
Transferência
Os
pacientes que estavam na “área extra” foram levados para quatro
hospitais de apoio: Hospital Distrital Dr. Fernandes Távora, na Barra do
Ceará, Hospital Geral Waldemar de Alcântara, na Messejana, Hospital da
Polícia Militar, no Farias Brito, e Santa Casa de Misericórdia.
Proposta
Em
agosto, os deputados estaduais Augustinho Moreira (PV) e Silvana
Oliveira (PMDB) defenderam a proposta de transformar a unidade
hospitalar municipal em um equipamento de saúde que passasse a atender
emergência e outros tipos de especialidades, a exemplo do modelo adotado
no Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF).
Para o parlamentar, “não cabe, nesse momento, ter um hospital só de mulher quando há pessoas precisando de vagas”.
Postada:Gomes Silveira
Ediçao:Ingrid Lima
Fonte:DN
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