O inquérito sobre o caso passou para Mello, após a ministra Rosa Weber declarar que o colega já havia tomado uma decisão sobre o mesmo caso FOTO: DIVULGAÇÃO
São alvos da investigação o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP); os secretários estaduais de São Paulo Edson Aparecido (Casa Civil), José Aníbal (Energia) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico), todos deputados federais licenciados; três ex-dirigentes da CPTM; duas parentes de um ex-diretor da companhia; e o lobista Arthur Gomes Teixeira.
O caso tramitava na Justiça Federal de São Paulo, mas foi transferido para o STF porque Arnaldo Jardim e os outros três deputados licenciados têm direito a foro especial, pelo cargo que ocupam. Após o pedido, os investigados, que eram indicados apenas pelas iniciais no andamento processual no STF, passam a ter o nome listado. São investigados, além dos secretários estaduais e deputados, João Roberto Zaniboni, Mariana Colombini Zaniboni, Milena Colobini Zaniboni, Ademir Venâncio de Araújo, Oliver Hossepian Salles de Lima e Arthur Gomes Teixeira.
Após parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro poderá determinar que a parte da investigação que envolve pessoas sem foro privilegiado retorne à Justiça Federal em São Paulo. Se isso ocorrer, somente parlamentares citados no processo responderão ao processo no Supremo.
O inquérito sobre o caso passou para as mãos do ministro Marco Aurélio Mello, novo relator do processo, após a ministra Rosa Weber declarar que o colega já havia tomado uma decisão referente ao mesmo caso antes. Portanto, ele teria a obrigação de continuar à frente do caso. O inquérito investiga suposta formação de cartel entre fornecedores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante os governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, do PSDB.
A empresa alemã Siemens, que admitiu integrar o esquema, entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) documentos atestando que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel com 18 empresas.
Autos
Após o processo ser distribuído para a ministra Rosa Weber, ela mandou os autos para o presidente do STF, Joaquim Barbosa, alegando que Marco Aurélio deveria relatar o caso, devido a um pedido de acesso à investigação que foi encaminhado ao ministro. Ao receber o pedido, Barbosa determinou que a ação fosse redistribuída. De acordo com Regimento Interno do STF, um ministro fica prevento (prevenido) para os demais processos sobre o mesmo assunto quando analisa o primeiro pedido.
No processo, são apurados os crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que as empresas que concorriam nas licitações do transporte público paulista combinavam os preços, formando um cartel para elevar os valores cobrados, com a anuência de agentes públicos.
Postada:Gomes Silveira
Edição:Ingrid Lima
Fonte:DN
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