sexta-feira, 25 de abril de 2014

Ceará - Homem elástico alvinegro

souyza

Souza admitiu a obsessão do Ceará em ter a vantagem na decisão do Estadual
Uma final de campeonato é o cenário perfeito para se eleger heróis. E a torcida do Ceará, em estado de graça com a conquista do tetracampeonato cearense na quarta-feira, elegeu, ainda no gramado do Castelão, o herói do dia: o goleiro Luís Carlos, que fez pelo menos seis grandes defesas
na decisão contra o Fortaleza.
A galera alvinegra já nomeou o herói do título com a alcunha de outro herói, dos quadrinhos: Homem Elástico.
O apelido pegou entre torcedores e companheiros de time, que brincam ao chamá-lo assim. E é muito fácil explicar o porquê: Luis parece se esticar como o herói para realizar suas defesas, demonstrando grande agilidade nos seus 1,90m de altura e 75 quilos. "A torcida começou a me chamar assim por minhas defesas, e pegou. Até os companheiros de time passaram a brincar. Fico feliz com o carinho da torcida. Trabalhamos para isso, para sermos reconhecidos, para chegar a esse momento especial, como é o título", conta.
A idolatria da torcida pegou o tímido goleiro do Ceará de surpresa. Ele não esperava virar um ídolo tão rápido, fazendo com que se esquecesse, no clube, do ex-alvinegro Fernando Henrique, que foi dono da camisa 1 por três anos.
"Não imaginava que viraria ídolo da torcida tão rápido assim. Mas chegar em duas finais não é para qualquer um e a gente acaba aparecendo, ganhando um carinho do torcedor".
Uma das cenas inesquecíveis para Luís Carlos na quarta-feira foi o momento em que foi ovacionado pela torcida alvinegra, sendo, sem seguida, literalmente abraçado após o título.
GOLEIRO "Aquele momento foi emocionante demais. Subir ali, extravasar, ouvir o nome cantado pela torcida do Ceará, que confiava em nós para o título, foi inesquecível. É o reconhecimento de um trabalho bem feito".
Voltando para os flashes da partida de quarta-feira, Luís Carlos não elegeu uma defesa mais difícil, mas sim destacou a concentração durante toda a partida. "O adversário foi perigoso e tive de defender algumas bolas difíceis. As defendi pela concentração nos 90 minutos. Sabe como é a vida de goleiro, né? Pode defender dez, mas se tomar um, só vão falar do gol sofrido. Por isso a concentração nos 90 minutos para não falhar".
Espelho
Aos 26 anos, Luís Carlos tem um ídolo no futebol: o goleiro Victor, hoje no Atlético/MG e destaque na conquista da Libertadores de 2013 pelo Galo. Ele admite que vê lances do goleiro atleticano para se inspirar. "Tenho o Victor como espelho, gosto muito do futebol dele. Assisto a muitos jogos, vejo suas defesas e procuro até fazer igual", revela.
O preparador de goleiros do Ceará, Chico, que também foi camisa 1 do Vovô com destaque na década de 1990, elogiou a atuação do pupilo.
"Ele é um goleiro muito seguro, muito calmo, mesmo em momentos como os da final, de pressão do adversário. É da personalidade dele e isso é transmitido para o time. Ele ter se destacado me deixa muito satisfeito pelo trabalho", declarou Chico, orgulhoso do herói do tetra.
Meia Souza cutuca rivais lembrando vitória de 3 a 1
Pelo terceiro ano seguido, o Ceará usufruiu da melhor campanha durante o Estadual para sagrar-se campeão com dois empates, conquistando seu quarto tetracampeonato na quarta-feira.
Para o elenco do Ceará, o jogo-chave para que o time saísse campeão foi a vitória por 3 a 1 de virada, contra o Fortaleza, na última rodada do hexagonal.
Na ocasião, o Fortaleza, então invicto há 25 jogos, já estava garantido em 1º lugar na atual fase. Mas a derrota permitiu que o Ceará encostasse na classificação geral, o ultrapassasse nas semifinais e fosse campeão com dois empates.
O meia Souza foi incisivo e cutucou os rivais. "Quando se perde, não se admite que o jogo valia. Como perderam, acabaram falando que não valia nada, que era o momento em que podiam perder. Por causa daquele jogo, fomos campeões. Então, agora o choro é livre", cutucou.
O meia lembrou que o grupo via aquele clássico como decisivo. "O Sérgio Soares era o que mais nos cobrava para ter esta vantagem. Muitos estaduais foram decididos assim, o Carioca, o Mineiro. Qualquer pequena vantagem decidiria", finalizou.


 



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POSTADA;GOMES SILVEIRA FONTE;DN

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