Luís Carlos; Samuel, Sandro, Diego Ivo e Vicente; João Marcos, Marcus
Vinícius, Ricardinho e Nikão; Bill e Magno Alves. Este foi o time do
Ceará que conseguiu jogar duas partidas seguidas pela Série B do
Brasileiro.
O momento único no atual Campeonato, ocorreu nas longínquas 5ª e 6ª
Rodadas, após o empate por 1 a 1 com o Avaí,
em Santa Catarina. No jogo,
seguinte, o Vovô repetiu a escalação na vitória por 1 a 0, diante do
América/RN, em Natal.
Por pouco no duelo seguinte, os 11 titulares também não jogaram juntos,
o único desfalque foi o goleiro Luís Carlos, que acabou dando vaga a
Jailson. A não repetição do time do Ceará é mais um dos fatores que
mostram por que acabou perdendo a identidade ao longo da Série B.
Reservas
Para se ter uma ideia, na estreia do Brasileiro, quando dividia as
atenções com as finais do Estadual, o time que entrou contra o Oeste
era, à época, todo reserva. Sem os astros Magno Alves, Sandro e
Ricardinho.
Na última partida, na derrota por 3 a 1, para o Boa Esporte, no sábado,
1º, as mudanças foram até no sistema tático, um 3-5-2, até então
inédito, com a presença do volante Everton e a volta do zagueiro
Anderson.
Para encarar o Atlético/GO, amanhã, às 20h (horário cearense), o
técnico Paulo César Gusmão vai novamente precisar fazer mudanças. Será a
28ª vez que o Ceará vai entrar em campo com uma formação diferente do
jogo anterior. Em um campeonato longo como a Série B, é natural a
oscilação do time e até dos jogadores. Lesões, contusões e cartões
demandam a formação de um elenco forte e qualificado.
O grande problema do Ceará, talvez, tenha sido o de não ter se
recuperado durante a competição. Porém, com a oscilação se tornado algo
habitual, o comando da equipe se viu ainda mais propenso a mudar a
formação.
Zaga
Os problemas do sistema defensivo, com as lesões dos titulares Sandro e
Diego Ivo, foi o fator que mais abalou o elenco. Alex Lima e Anderson
não conseguiram dar a mesma qualidade dos companheiros, tanto que foi
preciso contratar um atleta da base do Fluminense, Wellington Carvalho,
para ajustar o setor. Até que melhorou um pouco, mas aí foi a vez de o
meio de campo também oscilar com Ricardinho e depois com Eduardo e
Nikão.
Com o prazo para a chegada de novos reforços já expirado e a queda de
rendimento evidente, a diretoria interveio e trocou de comando. Saiu
Sérgio Soares e chegou PC Gusmão. Ainda tentando encontrar a solução
para responder a pergunta que todos faziam: O que aconteceu com o Ceará?
O novo treinador fez cortes no time, enxugou o elenco e mudou a forma
de jogar.
Ainda bem para a equipe que nesse período os concorrentes também
passaram e passam por situações semelhantes, Avaí é um deles. Passadas
quatro rodadas, o Ceará vai ter seu teste decisivo para saber se a queda
de rendimento e a falta de identidade já são coisas do passado.
Uma vitória diante do Atlético Goianiense faz o time entrar de vez na
briga pelo acesso. Já um revés deve minar as pretensões de todos os
alvinegros.
Atlético vem de cinco vitórias consecutivas
Um dos principais concorrentes do Ceará na luta pelo acesso à Série A, o Atlético/GO vive fase antagônica ao time alvinegro.
A equipe do técnico Wágner Lopes não perde há oito rodadas e vem de
incríveis cinco vitórias consecutivas. A última delas, de virada, sobre o
arquirrival Vila Nova, por 3 a 1, no Serra Dourada. Essa sequência de
triunfos levou o time da zona intermediária para entrar de vez na briga
pela classificação. Com 52 pontos, o Dragão começou a 34ª Rodada no G4,
mas o empate do Avaí, na terça-feira, tirou o time da quarta colocação e
fez com que passasse ao quinto lugar.
Para o duelo diante dos cearenses, o Atlético tem um desfalque já
confirmado. O atacante Diogo recebeu o terceiro cartão amarelo na rodada
passada e vai ter de cumprir suspensão automática. A disputa pela vaga
vai ficar entre Júnior Viçosa e André Luís. A delegação rubro-negra
programou a viagem a Fortaleza para a manhã desta quinta-feira.
Michel e Diego Ivo treinam entre os titulares
O técnico Paulo César Gusmão realizou ontem, no Estádio Carlos de
Alencar Pinto, um treino fechado, sem acesso da imprensa e de
torcedores.
A intenção do comandante alvinegro foi trabalhar algumas situações de
bola parada e mudanças na equipe, que perdeu para o Boa Esporte na
rodada passada.
Sem os zagueiros Anderson e Alex Lima e mais o lateral-esquerdo Helder,
dispensados, PC Gusmão voltou às origens e testou uma formação com três
volantes, preterindo o trio de zagueiros utilizado em Minas Gerais. O
time titular formou com: Luís Carlos, Marcos, Sandro, Diego Ivo e
Samuel; Michel, João Marcos, Ricardinho e Eduardo; Bill e Magno Alves.
As jogadas ensaiadas e as cobranças de faltas foram repetidas exaustivamente a pedido do técnico Paulo César Gusmão.
Cobrança
O lateral-esquerdo Vicente ainda se recupera de lesão muscular, por
isso, Samuel foi deslocado para o setor. Para o atacante Bill, a
cobrança por um resultado positivo amanhã é enorme.
"Até em casa minha esposa cobra por uma vitória. Infelizmente, é até
chato a gente ficar aqui falando para vocês (imprensa) que vamos entrar
em campo para ganhar. A gente precisa colocar em prática esse nosso
desejo de vencer. Mas peço ao torcedor que acredite. No final, nós vamos
dar a volta por cima e conseguir esse acesso", garantiu o camisa 9.
POSTADA;GOMES SILVEIRA
FONTE;DN
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